Botafogo joga mal, perde controle do destino, mas mostra capacidade de reação

24/11/2023 10h43


Fonte ge

Imagem: Vitor Silva/Botafogodanilo barbosa, botafogo, fortaleza(Imagem:Vitor Silva/Botafogo)

O Botafogo ficou no empate em 2 a 2 com o Fortaleza em jogo adiado da 29ª rodada. Depois de ver o adversário sair na frente do placar duas vezes, com Pikachu e Guilherme, buscou a igualdade em ambas com Brítez (contra) e Danilo Barbosa.

A partida, que marcou a estreia do técnico Tiago Nunes no comando da equipe, tirou definitivamente o controle do próprio destino das mãos do Glorioso. Precisa que o Palmeiras perca pontos nas últimas quatro rodadas se quiser ser campeão agora que tem o mesmo número de jogos e um ponto a menos.

Mais do que o resultado, o desempenho do time na maior parte do tempo da estreia de Nunes não deu motivos para otimismo à torcida alvinegra. O treinador repetiu as escalações usadas recentemente por Lúcio Flávio e sofreu, principalmente no primeiro tempo, contra um time do Fortaleza bem preparado por Vojvoda.

A estratégia montada pelo técnico argentino se preocupou em evitar as transições rápidas, que são o que o Alvinegro faz de melhor. A equipe cearense se fechou atrás, deu a bola para o Botafogo e esperou para tentar estocadas.

O plano funcionou perfeitamente. Mesmo com a posse por 80% do tempo nos primeiros 10 minutos, o Glorioso pouco ameaçou e viu o adversário finalizar cinco vezes, sendo uma delas o gol de Yago Pikachu que abriu o placar.

Nem o gol contra achado, uma falha grotesca de Brítez, fez o Alvinegro reagir na partida se impor. O Fortaleza seguiu controlando o jogo sem a bola e levando perigo com a velocidade de Yago Pikachu e a visão de jogo de Calebe.

Foi dos pés do meia que começou o segundo gol. Da ponta direita, ele cruzou para Guilherme infiltrando na área para cabecear. Faltava senso de urgência ao time. O Botafogo tocava de lado, rodava a bola, mas não conseguia empurrar o adversário para trás. Parecia conformado com a derrota.

Foram as mudanças de Tiago Nunes que deram um pouco de energia à equipe. Diego Costa entrou na frente brigando mais e prendendo melhor a bola que Tiquinho. A ousadia de tirar Di Plácido e jogar Victor Sá para a ala-direita com Marlon fazendo uma espécie de terceiro zagueiro, deu resultado.

O time não chegou a dominar e pressionar, mas passou a competir melhor. Foi Danilo Barbosa, que entrou improvisado na zaga no lugar de Adryelson, que puxou o time pra cima e foi coroado com o gol que colocou o placar em igualdade novamente.

Apesar da reação, o time não passou perto de vencer. Depois do empate, a tentativa de pressão foi muito mais um abafa desorganizado do que de fato um controle. Foi inclusive o Fortaleza que teve mais chances, perdendo dois contra-ataques cara a cara.

O campeonato não está perdido. Há chance de título, mas a reação precisa ser imediata e precisa a começar na imposição. Física e mental. Ainda dá para salvar o ano, porém agora não depende apenas do que a equipe irá fazer. Faltam quatro rodadas.

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Tópicos: equipe, time, bola