Brasil vê ápice de geração e pode atingir maior domínio no surfe mundial

20/08/2018 15h04


Fonte Folha Press

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarBrasil vê ápice de geração e pode atingir maior domínio no surfe mundial.(Imagem:Divulgação)

Maioria no circuito mundial em 2018, o surfe brasileiro poderá atingir seu melhor desempenho coletivo desde que Gabriel Medina conquistou o título em 2014, título que deu maior visibilidade para a geração apelidada de "Brazilian Storm" [tempestade brasileira].

No último domingo (19), Medina venceu a etapa de Teahupoo, no Taiti, e registrou a sexta vitória consecutiva dos brasileiros na temporada. Das sete provas já disputadas, apenas a etapa inaugural de Gold Coast, na Austrália, não foi vencida pelo Brasil -o australiano Julian Wilson foi o vencedor.

O rendimento atual da geração brasileira já igualou o número de vitórias da temporada de 2015, quando o país também registrou seis triunfos e o título mundial ficou com Adriano de Souza, o Mineirinho.

Para melhorar ainda mais a imagem do surfe nacional, a vitória de Medina em Teahupoo colocou o brasileiro em segundo no ranking, atrás apenas do compatriota Filipe Toledo, que já venceu duas etapas no ano. Julian Wilson foi para terceiro.

São três brasileiros entre os cinco melhores do ranking da Liga Mundial de Surfe. Além de Toledo e Medina, Ítalo Ferreira, que também venceu duas etapas em 2018, ocupa a quarta colocação. Só em 2015 que o Brasil conseguiu fechar o circuito com três brasileiros no top 5: Adriano de Souza (1º), Gabriel Medina (2º) e Filipe Toledo (4º).

O outro brasileiro que venceu uma etapa nesta temporada foi Willian Cardoso, que conquistou a etapa de Uluwatu CT, na Indonédia, e ocupa a nona colocação do ranking.

Com 11 surfistas na disputa, o Brasil é o país com mais competidores na elite mundial do surfe, superando a Austrália, que tem oito e até 2017 detinha a superioridade no número de atletas. A média de idade dos surfistas brasileiros no primeiro escalão do esporte é de 25,8 anos, enquanto a média do circuito mundial é de 27,8.

Restam quatro provas para o encerramento da temporada: a inédita disputa na piscina de ondas artificiais de Kelly Slater, em setembro, na Califórnia, as etapas de Portugal e França, e a última competição de 2018, o Pipe Masters, no Havaí.

A sequência do Mundial indica certo favoritismo para Gabriel Medina. O brasileiro tem bom histórico nas etapas que restam até o fim do torneio.

Ele defenderá os títulos das etapas da França (que já conquistou três vezes) e de Portugal, além de somar dois vices em Pipe Masters. Filipe Toledo teve desempenho irregular em 2017 na reta final, ficando com o 25º lugar nas três últimas etapas.

Julian Wilson, terceiro do ranking atrás dos dois brasileiros, já venceu a etapa portuguesa e ficou com o título de Pipe Masters em 2014.

Vencedores das etapas de 2018:
- Gold Coast, Austrália: Julian Wilson (Austrália)
- Bells Beach, Austrália: Ítalo Ferreira (Brasil)
- Rio Pro, Brasil: Filipe Toledo (Brasil)
- Corona Bali, Indonésia: Ítalo Ferreira (Brasil)
- Uluwatu CT, Indonédia: Willian Cardoso (Brasil)
- Corona Open J-Bay, África do Sul: Filipe Toledo (Brasil)
- Tahiti Pro Teahupoo, Taiti: Gabriel Medina (Brasil)

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Tópicos: mundial, brasileiros, etapas