Com gol aos 53 do 2º tempo, Palmeiras vence o Santos e fatura a Libertadores

31/01/2021 10h56


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Imagem: ReproduçãoClique para ampliarO atacante pode não ter a categoria de Evair, o renome de Ademir da Guia ou a idolatria de Dudu, mas agora está na história. Graças ao gol dele o Palmeiras voltou a ganhar a Copa L(Imagem:Reprodução)
 Um jogador contratado há menos de dois meses de um time da Série B e longe de ser a grande estrela do elenco do Palmeiras foi o herói do título mais cobiçado pelo clube nos últimos anos.

Breno Lopes marcou de cabeça o gol do título da Copa Libertadores aos 53 minutos do segundo tempo. Graças a ele o time venceu o Santos por 1 a 0, no estádio do Maracanã, neste sábado, e garantiu pela segunda vez na história a taça.

Antes de comemorar o título, foi preciso superar um jogo tenso. A final teve poucos chutes no gol e erros a perder de vista. Os donos das duas melhores campanhas da Libertadores estiveram longe do futebol veloz e ofensivo dos 12 jogos anteriores.

Em um duelo parado e de poucas emoções, a bola decisiva saiu do pé de Rony e encontrou a cabeça de Breno Lopes, que colocou a bola no contrapé de John.

Foi apenas o segundo gol de Breno Lopes pelo clube. O jogador ex-Juventude tinha marcado pela primeira vez pelo Palmeiras diante do Vasco, na última terça, e entrou no segundo tempo para mudar a história da carreira dele e também a trajetória do clube.

Em um jogo de poucas emoções e muitos candidatos a herói, um dos mais improváveis deles marcou o gol da vitória.

A final da Libertadores frustrou no início pela falta de cuidados com a pandemia e ausência de futebol. Os convidados presentes ao estádio se acomodaram quase todos no mesmo setor e muito próximos entre si.

Embora isso tenha garantido o apoio, houve demonstrações claras de desrespeito ao distanciamento social. O locutor do Maracanã fez vários pedidos para que todos usassem máscaras.

Dentro de campo, o forte calor prejudicou o primeiro tempo. O ritmo lento e os muitos erros fizeram as chances de gol sumirem. O Santos começou o jogo mais ofensivo e posicionou os dois laterais como pontas.

O Palmeiras controlou esse ímpeto e conseguiu cavar algum espaço no ataque com Rony. Veio dele o único chute da etapa inicial que obrigou um goleiro a trabalhar

O time alviverde teve menos posse de bola, porém conseguiu finalizar com mais perigo no primeiro tempo. Apesar de insistir muito nos chutões. O Santos penou por não ter o brilho de Marinho e Soteldo, ambos muito marcados.

Em uma final de várias divididas, trombadas e erros, restava ficar claro quem teria o apetite necessário para jogar futebol e ser campeão.

O desafio no segundo tempo dos times era aprimorar a criação e fazer o setor de meio-campo aparecer. O jogo dependente de chutões, lances individuais e bolas aéreas parecia um reflexo do nervosismo dos finalistas.

Pouco mudou. As defesas continuavam prevalecendo. Conforme o tempo passava, as equipes aumentavam o número de faltas e mostravam insegurança para arriscar.

Tensos à beira do gramado, os treinadores demoraram para mexer. As substituições só começaram depois dos 25 minutos do segundo tempo. O Santos conseguiu dar trabalho para Weverton pela primeira vez aos 31, em finalizações consecutivas de Felipe Jonatan e Pituca.

Esses lances parecem ter ligado um alerta em campo de que o fim do jogo se aproximava e um gol a partir dali iria encaminhar o título.

A prorrogação era uma realidade quando um desentendimento agitou o jogo. Cuca e Marcos Rocha trocaram empurrões. O jogo parecia fadado ao fim após essa briga quando uma brecha se abriu. Rony puxou um ataque pela esquerda e cruzou para Breno Lopes na área.

O atacante pode não ter a categoria de Evair, o renome de Ademir da Guia ou a idolatria de Dudu, mas agora está na história. Graças ao gol dele o Palmeiras voltou a ganhar a Copa Libertadores.


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