Com "jet lag", Palmeiras faz jogo ruim coletivamente, mas vê seu craque decidir
28/08/2023 10h36Fonte ge
Imagem: Marcos RibolliRaphael Veiga comemora gol em Palmeiras x Vasco.
O Palmeiras não fez seu melhor jogo do campeonato no último domingo, na vitória por 1 a 0 contra o Vasco, pela 21ª rodada do Brasileirão, mas mostrou ser cascudo para aguentar um confronto mais travado e conquistar três pontos na individualidade.
A equipe de Abel Ferreira não teve a preparação ideal, e isso é de suma importância de se destacar. Depois do atraso no retorno da Colômbia, após golear o Deportivo Pereira na Conmebol Libertadores, o time teve apenas sábado para treinar.
– A recuperação mental foi ótima, mas a física, nem tanto. Por isso hoje (domingo) seria difícil – disse Abel na entrevista coletiva após a vitória.
De fato, foi difícil. Logo de cara, no gelado Allianz Parque, foi possível ver um Palmeiras menos intenso, reflexo desse atraso durante a semana. Além disso, pelo menos no primeiro tempo, o time de Abel, pouco inspirado, encontrou um Vasco bem encaixado.
Com a força máxima que tinha disponível, já que Zé Rafael estava suspenso, Abel escalou Gabriel Menino e Richard Ríos, repetindo o meio-campo que foi bem contra o Bolívar, na última rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores.
Esse setor que é tão fundamental para a fluidez do time, porém, não fez um primeiro tempo bom. Os dois não conseguiram encaixar transições da forma correta. Defensivamente, deram alguns espaços, como no gol anulado do Vasco, onde Paulinho teve tempo para pensar e chutar de longe. Na segunda etapa, Richard se infiltrou mais, Menino achou suas tabelas, e ambos melhoraram.
Passado o susto, o Palmeiras voltou a controlar o jogo, mas sem muita efetividade diante de um Vasco que marcava, quando atacado, com uma linha de cinco. Seus principais jogadores, como Dudu, Artur, Rony e Veiga, estavam abaixo, e a barreira vascaína não foi vazada.
Só que esse Palmeiras sabe que, quando a bola não entra com troca de passes ou jogadas ensaiadas, como foi em dois dos golaços contra o Pereira, ou tentando abrir a marcação adversária, a individualidade pode e tem que aparecer.
– Quando coletivamente não consegue resolver os problemas, entra a capacidade individual. É isso que espero deles – disse Abel.
Imagem: Marcos RibolliAbel Ferreira Palmeiras x Vasco
Depois de arriscar um chute de fora da área, aquecendo seu pé esquerdo, Raphael Veiga cobrou falta com perfeição para abrir o placar e marcar o único da partida. Depois, ainda criou para o Verdão ampliar, mas ficou por isso. Quando precisou, o craque palmeirense apareceu. Foi a noite dele.
Em noites mais cansadas, como essa do último domingo, com o time ainda sentindo o "jet lag" da viagem na última semana, o Palmeiras mostra que não precisa exatamente vencer jogando o fino da bola. O individual pode e deve aparecer.
Com essa vitória na marra e com estrela, o Verdão segue sua busca pelo Botafogo, que lidera o Brasileirão com onze pontos de vantagem para o Palmeiras.
No próximo domingo, o Palmeiras enfrenta o Corinthians, em Itaquera, pelo Brasileiro. Antes, na quarta, recebe o Deportivo Pereira, da Colômbia, pelas quartas da Libertadores.
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