Copa América, novo chefe e instabilidade: os altos e baixos da seleção brasileira de Tite em 2019

31/12/2019 09h48


Fonte Globoesporte.com

Imagem: ReproduçãoCopa América, novo chefe e instabilidade: os altos e baixos da seleção brasileira de Tite em 2019(Imagem:Reprodução)

Não foi a campanha dos sonhos, mas foi o suficiente para garantir o título. O Brasil venceu a Copa América, no Maracanã, com vitória por 3 a 1 sobre o Peru - em campanha com quatro vitórias e dois empates (um deles, contra o Paraguai, com classificação nos pênaltis para a semifinal com a Argentina) - e fez o dever de casa. Depois da queda na Copa da Rússia em 2018, o time de Tite precisava vencer.

E também se renovar. Tite convocou 27 estreantes desde o fim do Mundial de 2018 - escalou 46 jogadores desde então e tem algumas mudanças na base titular da última Copa. A equipe base começa com o melhor goleiro do mundo Alisson, ainda tem os experientes Daniel Alves, Thiago Silva e Casemiro, além de Neymar, entre trancos e barrancos, confusões e lesões.

O Brasil estreia nas Eliminatórias para a Copa de 2022 em março contra a Bolívia, dentro de casa, sem data e local definidos. São dois jogos por data Fifa da classificatória do Mundial. Na segunda rodada viaja para enfrentar a Bolívia.

Marquinhos, mais escalado, e Éder Militão disputam vaga na zaga. Renan Lodi e Alex Sandro na esquerda ainda tem a concorrência de Filipe Luís, de volta ao futebol brasileiro e campeoníssimo pelo Flamengo. Arthur, uma das novidades depois da Copa, e Philippe Coutinho no meio de campo seguem bem cotados no time de Tite. Gabriel Jesus e Roberto Firmino completam o ataque - o atacante do Liverpool não brilha tanto quanto no time de Klopp, mas agrada em cheio ao treinador gaúcho.

Na base, eliminações e títulos

Apesar do título, o ano de 2019 não foi só de vitórias para o técnico da seleção brasileira. Foram cinco jogos sem vencer depois da Copa América - sequência que fez cair seu aproveitamento na seleção pela primeira vez para abaixo de 80%.

2019 - foram 16 jogos - oito vitórias, sete empates e uma derrota (62,5% de aproveitamento). A derrota por 1 a 0 para a Argentina, no primeiro amistoso de novembro, marcou o quinto jogo sem vitória - pior sequência desde 2012. O Brasil venceu na última partida do ano, com 3 a 0 sobre a Coreia do Sul

Se antes Tite era garoto-propaganda disputado e queridinho do público, a popularidade do técnico caiu. Pelos resultados, pelos desgastes das convocações que desfalcavam equipes brasileiras em momentos de decisão no futebol nacional. Em pesquisa DataFolha, a avaliação do trabalho do técnico caiu de 64% que consideravam "ótimo/bom" antes da Copa de 2018 para 37%. Os quase 3 mil entrevistados consideraram péssimo o trabalho de Tite após a Copa - índice que triplicou, pois antes era de apenas 5%.

Em abril, Rogério Caboclo, que foi chefe de delegação na Rússia e é figura antiga nos bastidores da cartolagem brasileira, assumiu a presidência da CBF. Nomeou Juninho Paulista na recém criada diretoria de desenvolvimento. O ex-meia, campeão do mundo em 2002 na Ásia com a Seleção, passou para a coordenação do time de Tite no lugar de Edu Gaspar, que se mandou para o Arsenal, da Inglaterra.

Caboclo trouxe de volta Branco para a coordenação da base da seleção brasileira. O ano de 2019 começou com dois torneios sem resultados - o Brasil foi quinto lugar no Sul-Americano sub-20 e nem passou de fase no Sul-Americano sub-17. Só foi ao Mundial, que terminou sendo realizado e conquistado no Brasil, por sediar o torneio.

A seleção brasileira sub-15 também venceu o Sul-Americano da categoria no Paraguai. Bateu a Argentina nos pênaltis e fechou o ano com outra conquista da base da CBF. Em janeiro, na Colômbia, o time sub-23, dirigido por André Jardine, disputa o pré-olímpico - somente classificam duas seleções para as olimpíadas de Tóquio, em 2020.

 As novidades são outros alicerces tem Casemiro, Philippe Coutinho e Neymar.

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