Cristóvão demitido e já são quatro da Série A. Atlético-GO admite erro
26/02/2020 12h01Fonte Globoesporte
O presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, admite que demitir um técnico depois de apenas sete jogos indica erro de quem contratou. "Dou a mão à palmatória. Eu errei", diz o dirigente goiano. Também explica que precisa montar um time reativo, que defenda de maneira agressiva, porque será assim sua necessidade no Campeonato Brasileiro. "Não posso errar", afirma.A contradição está posta, porque o erro já foi admitido. Cristóvão Borges assumiu o Atlético Goianiense, foi acompanhado do assistente português, José Quadros, fez sete partidas no comando, ganhou cinco, empatou uma e perdeu só uma, com time misto contra o Jaraguá. Tinha um time montado para atacar.
Imagem: Paulo Marcos / Atlético-GOCristóvão Borges - técnico do Atlético-GO
Não é proibido trocar de técnico. Há até casos relâmpagos na Europa, como Juan Antonio Camacho, dispensado após três jogos e 117 dias, no Real Madrid, em 2004, dezesseis anos atrás. Se fosse a exceção, como na Espanha, o caso brasileiro não incomodaria.
Quando se troca de técnico após sete partidas, troca-se o trabalho e, portanto, perde-se tempo. Quando se troca o técnico de 17 de 20 equipes de um campeonato, como na Brasileirão do ano passado, o risco é de não ter nenhum trabalho. Cristóvão Borges ficou em Goiânia por 31 dias e permanece na capital do estado de Goiás para assinar a rescisão do contrato de aluguel do apartamento que nem chegou a morar de verdade.
Enquanto isso, Jesualdo Ferreira parece ameaçado no Santos. O comitê gestor, composto por oito conselheiros e mais o presidente José Carlos Peres, está dividido sobre sua permanência. São sete jogos no comando.
As demissões são sempre justificadas pela nossa cultura. Na verdade, é por nosso analfabetismo.