Dedo de Tite faz Flamengo matar o jogo em cinco minutos e cozinhar Cruzeiro até o fim

20/10/2023 08h30


Fonte ge

 A era Tite no Flamengo começou com a cara do treinador. O início do texto é clichê e o título da matéria também, mas nada mais Tite do que uma vitória por 2 a 0, sem sustos e com impressionante solidez defensiva. "Não tem controle durante os 90 minutos", disse o gaúcho após o jogo. De fato não houve: o Cruzeiro começou melhor, mas o Rubro-Negro pouco sofreu nos momentos em que o rival foi sutilmente dominante.

Nada clichê, porém, foi a capacidade de Tite de mudar um time ainda no primeiro tempo. A criatividade estava em desuso no Flamengo de Sampaoli, mas o gaúcho mexeu peças em seu tabuleiro e deu um xeque-mate que matou o Cruzeiro num intervalo de cinco minutos.

Na parte final do primeiro tempo, mexeu no quadrado do meio-campo. Gerson saiu da esquerda para direita, e Éverton Ribeiro foi centralizado. Um Flamengo pouco criativo e que tinha conseguido finalizar somente aos 32 minutos, com Pedro, transformou-se. Essa finalização, aliás, nasceu de roubada de Erick Pulgar - como jogou o chileno - e foi precedida de um dos últimos passes de Ribeiro pela direita.

Antes do chute do camisa 9, o placar de finalizações estava em 0 a 0. A defesaça de Rossi no início do jogo veio após cabeçada de Ayrton Lucas contra o próprio gol. Ali acontecera o único erro coletivo do primeiro tempo. Éverton Ribeiro não conseguiu completar passe para Wesley, que estava espetado. Com isso, Marlon desceu com grande liberdade e levantou na área. Ian Luccas apareceu às costas de David Luiz, mas Ayrton o atrapalhou e desviou. Sorte é que o argentino conseguiu o corte de mão trocada.
Imagem: Gilson Lobo/AGIFPalacios, lateral do Cruzeiro, disputa a bola com Gerson, do Flamengo.(Imagem:Gilson Lobo/AGIF)Palacios, lateral do Cruzeiro, disputa a bola com Gerson, do Flamengo.

Nada clichê, porém, foi a capacidade de Tite de mudar um time ainda no primeiro tempo. A criatividade estava em desuso no Flamengo de Sampaoli, mas o gaúcho mexeu peças em seu tabuleiro e deu um xeque-mate que matou o Cruzeiro num intervalo de cinco minutos.

Na parte final do primeiro tempo, mexeu no quadrado do meio-campo. Gerson saiu da esquerda para direita, e Éverton Ribeiro foi centralizado. Um Flamengo pouco criativo e que tinha conseguido finalizar somente aos 32 minutos, com Pedro, transformou-se. Essa finalização, aliás, nasceu de roubada de Erick Pulgar - como jogou o chileno - e foi precedida de um dos últimos passes de Ribeiro pela direita.

Antes do chute do camisa 9, o placar de finalizações estava em 0 a 0. A defesaça de Rossi no início do jogo veio após cabeçada de Ayrton Lucas contra o próprio gol. Ali acontecera o único erro coletivo do primeiro tempo. Éverton Ribeiro não conseguiu completar passe para Wesley, que estava espetado. Com isso, Marlon desceu com grande liberdade e levantou na área. Ian Luccas apareceu às costas de David Luiz, mas Ayrton o atrapalhou e desviou. Sorte é que o argentino conseguiu o corte de mão trocada.
Imagem: Fred GomesRossi ganha tempo após erros em Cruzeiro x Flamengo.(Imagem:Fred Gomes)Rossi ganha tempo após erros em Cruzeiro x Flamengo.

O goleiro argentino soltou duas bolas defensáveis e, ao sentir o momento do adversário, desabou no chão. Alongou-se, gesticulou e levou um cartão amarelo. Os quase cinco minutos de "cera" foram fundamentais para esfriar o Cruzeiro e rechaçar qualquer tipo de reação.

Enquanto Rossi ganhava tempo, Tite conversava com Gabigol, Everton Cebolinha e Arrascaeta. Por mais que não tenham feito diferença, os três entrariam na mesma sintonia dos que estavam em campo.

Segundos após as mexidas, Cebolinha recebeu pela esquerda, entregou a Pulgar, que deixou Gabigol em boa condição para finalizar. O chute saiu mascado. A atitude, porém, não passaria despercebida.

Independentemente do resultado da jogada, o importante é que Gabigol, embora ainda muito fora da área, mostrou-se dinâmico. Arrascaeta, mesmo sem estar no melhor que pode fisicamente, ajudou na construção e na tarefa de manter a posse com os rubro-negros, inclusive com um belo passe de letra para Cebolinha.

O Flamengo foi clichê. Fez jus à fama de Tite, visto por muitos como melhor treinador do Brasil, e venceu com tranquilidade. Não tomou sustos, defendeu-se bem e soube ser letal. Se não teve o controle por 90 minutos, em nenhum momento deu qualquer indício que poderia ser derrotado.

Sem um futebol brilhante, Tite devolveu o Flamengo à "programação normal" de entrar como favorito contra os adversários. Por essa vitória solida, coloca-se em tal condição mais uma vez para o clássico de domingo contra um Vasco em ascensão.


Tópicos: jogo, flamengo, tite