Diretor na mira do Flamengo, José Boto tem histórico de jogadores "achados" que valorizaram; veja

13/12/2024 09h26


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Imagem: Divulgação / OsijekJosé Boto em sua chegada ao Osijek, da Croácia.(Imagem:Divulgação / Osijek)José Boto em sua chegada ao Osijek, da Croácia.

Ainda à espera da nova diretoria para começar a buscar reforços no mercado, o Flamengo por enquanto tem em José Boto o nome mais aguardado para dar início ao planejamento de 2025. O diretor-técnico português tem um acordo com o presidente Bap para chegar ao Rio de Janeiro depois do Natal e já estuda o elenco rubro-negro.

Se no Brasil Boto é um nome pouco conhecido dos torcedores e dirigentes, na Europa ele é famoso no meio do futebol. Seu trabalho ficou marcado por achar jogadores com potencial no mercado que se destacaram, ficaram valorizados e depois foram vendidos por valores acima do que foram contratados. Isso aconteceu principalmente no Benfica, de Portugal, onde trabalhou com o técnico Jorge Jesus, e no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, onde atuou com o treinador Luís Castro.

O diretor é especialista nos mercados sul-americano e dos Balcãs, no sudeste Europeu, e já foi responsável pela contratação de vários brasileiros, como por exemplo: Ederson, Ramires, Dodô, Fernando e David Luiz, atualmente no Flamengo.

Veja alguns dos "achados" de Boto:

Ederson: o goleiro foi dispensado pelo São Paulo, chegou de graça ao Benfica em 2010 e foi vendido em 2017 ao Manchester City, da Inglaterra, por 40 milhões de euros (R$ 145 milhões);

Ramires:
o volante estava no Cruzeiro quando foi contratado pelo Benfica em 2009, por 7,5 milhões de euros (R$ 21 milhões), e depois foi vendido em 2010 ao Chelsea, da Inglaterra, por 22 milhões de euros (R$ 50 milhões);

David Luiz: o zagueiro estava no Vitória quanfo foi contratado pelo Benfica em 2007, por 700 mil euros (R$ 1,9 milhão), e foi vendido em 2011 ao Chelsea, da Inglaterra, por 25 milhões de euros (R$ 57 milhões);

Di Maria:
o meia argentino jogava no Rosario Central, da Argentina, quando foi comprado pelo Benfica em 2010, por 6,5 milhões de euros (R$ 17 milhões), e foi vendido em 2010 ao Real Madrid, da Espanha, por 25 milhões de euros (R$ 56 milhões);

Matic: o volante sérvio estava sem espaço no Chelsea e foi cedido ao Benfica na negociação por David Luiz em 2011. Em 2014, o clube português o vendeu novamente ao Chelsea por 25 milhões de euros (R$ 80 milhões);

Witsel: o meia belga jogava no Standard Liége, de seu país, quando foi contratado em 2011 pelo Benfica por 7 milhões de euros (R$ 15,5 milhões). Em 2012, o Zenit, da Rússia, pagou a sua multa rescisória de 40 milhões de euros (R$ 102 milhões) para contrtá-lo;

Lindelof: o zagueiro sueco estava no modesto Västeras, de seu país, quando foi contratado em 2012 pelo Benfica B por 300 mil euros (R$ 770 mil). Ele passou para o elenco principal em 2015 e foi vendido ao Manchester United, da Inglaterra, em 2017 por 35 milhões de euros (R$ 132 milhões);

Luka Jovic:
o atacante sérvio jogava no Estrela Vermelha, de seu país, quando foi contratado pelo Benfica em 2016 por 6,5 milhões de euros (R$ 28,5 milhões). Em 2019, ele foi vendido ao Eintracht Frankfurt, da Alemanha, por 8 milhões de euros (R$ 35 milhões);

Oblak: o goleiro esloveno jogava no modesto Olimpija Ljubljana, de seu país, quando foi comprado pelo Benfica por 3,9 milhões de euros (R$ 9,5 milhões) em 2010. Em 2014, foi vendido ao Atlético de Madrid, da Espanha, por 16 milhões de euros (R$ 48 milhões);

Markovic: o ponta sérvio estava no Partizan Belgrado, de seu país, quando foi comprado em 2013 pelo Benfica por 10 milhões de euros (R$ 29 milhões). Em 2014, foi vendido ao Liverpool, da Inglaterra, por 12,5 milhões de euros (R$ 37,5 milhões);

Dodô: o lateral-direito jogava no Coritiba quando foi contratado pelo Shakhtar em 2018 por 2 milhões de euros (R$ 7,7 milhões). Em 2022, ele foi vendido para a Fiorentina por 14,5 milhões de euros (R$ 78 milhões);

Fernando:
o atacante estava no Palmeiras quando foi comprado em 2018 pelo Shakhtar por 5,5 milhões de euros (R$ 24 milhões). Em 2022, ele foi vendido ao RB Salzburg, da Áustria, por 6 milhões de euros (R$ 33 milhões).

José Boto trabalhou no Benfica entre 2007 e 2018, chegando a ser chefe de scout na maior parte de sua passagem pelo clube. De lá, foi para o Shakhtar Donetsk, onde ficou até 2021 na função de diretor-técnico. Nos últimos anos passou por PAOK, da Grécia, e atualmente está no Osijek, da Croácia. Em maio de 2020, em entrevista ao jornal "AS", da Espanha, Boto revelou um pouco de sua filosofia de trabalho e que prefere trabalhar com uma equipe de scout pequena nos clubes:

- Primeiro, acredito em departamentos pequenos porque a informação circula mais rápido. É uma questão de gerenciamento de tempo, desde o momento em que você vê o jogador até o que decide. Quanto mais tempo o jogador que te interessa joga e se destaca, mais você vai pagar. Os clubes têm que pensar que um departamento de scout não é para gastar dinheiro, é para economizar.

- Muitas vezes, é tão importante quanto quem você traz e quem você impede o seu clube de trazer. Gastar dinheiro com olheiros é economizar dinheiro no final. Também somos o contraponto para as ideias de treinadores que querem trazer "seus" jogadores, ou protegemos o clube da influência de empresários. Temos que evitar contratar por contratar.

Os rubro-negros aguardam para ver esse conhecimento aplicado à realidade do futebol brasileiro. Nas redes sociais, muitos criticam o Flamengo por ir em "alvos óbvios" no mercado nos últimos anos.


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Tópicos: flamengo, clube, boto