Erros em todos os jogos: uma quarta-feira abaixo da média da arbitragem brasileira

19/07/2019 00h03


Fonte Globoesporte.com

Imagem: Vinicius Costa BP/FilmesÉ necessário voltar o foco ao árbitro de campo, que está sem naturalidade ou autoridade com os holofotes concentrados no VAR.(Imagem:Vinicius Costa BP/Filmes)É necessário voltar o foco ao árbitro de campo, que está sem naturalidade ou autoridade com os holofotes concentrados no VAR.

Depois de avaliar o VAR, chegou a hora de falar dos árbitros de campo. A rodada de quarta-feira da Copa do Brasil teve quatro jogos difíceis, com atuações abaixo da média.

Todos os árbitros escalados são conceituados, sendo dois deles da Fifa: Wilton Sampaio (GO), em Flamengo x Athletico-PR; e Braulio Machado (SC) no Bahia x Grêmio. E os outros dois têm experiência e capacidade de atuar em grandes jogos: Flavio de Souza (SP) no Atlético MG x Cruzeiro; e Rafael Traci no Internacional x Palmeiras.

Foram quatro erros claros em quatro jogos, sem contar os erros em que o VAR se omitiu e outros em que o VAR não pôde chamar o árbitro porque não estão previstos no protocolo.

No clássico mineiro, uma falta clara de Marquinhos Gabriel em Fábio Santos acabou originando o gol do Cruzeiro, além de dois cartões amarelos e dois cartões vermelhos! Tudo porque o árbitro não apitou uma falta na sua frente, deixou o jogo seguir e depois teve de anular o gol com a ajuda do VAR. O mais grave é que os cartões foram todos por questões disciplinares e devem ser mantidos mesmo com a anulação do gol. Prejuízo claro para o jogo com contribuição direta da arbitragem.

No jogo da Fonte Nova, tivemos um pênalti claro para o Grêmio no primeiro tempo que não foi marcado. Juninho, do Bahia, chegou atrasado e pisou no pé do Jean Pyerre. Lance na cara do árbitro, que, em vez de olhar a disputa, ficou olhando a viagem da bola. Pênalti claro não marcado pelo árbitro de campo nem de vídeo.

No mesmo jogo, talvez o único lance de arbitragem realmente difícil da rodada: numa situação de contra-ataque, o árbitro marcou pênalti por uma falta de Moisés em Alisson. O bandeira que corria perto da jogada chegou a entrar em campo para enxergar melhor a falta, mas não resolveu. Acabou sobrando para o VAR, que dessa vez chamou o árbitro para corrigir seu erro. Pênalti cancelado, falta fora da área e cartão vermelho correto para Moisés. Aliás, o cartão vermelho já deveria ter sido dado na hora do pênalti, porque a falta foi fora da disputa da bola. Mas os árbitros estão tão inseguros que preferem aguardar o bendito VAR para tomar uma decisão.

No jogo entre Flamengo e Athletico-PR, não teve VAR, apesar de alguns erros claros. Diego usou o braço contra o rosto do seu adversário duas vezes no primeiro tempo, uma em seguida da outra, e em nenhuma delas levou o merecido cartão amarelo. Por outro lado, Léo Pereira, do Athletico-PR, que já tinha levado amarelo no primeiro tempo, acertou com o cotovelo a cabeça de Berrío e merecia o segundo amarelo. Por serem lances de cartão amarelo, o VAR não pôde ajudar em nenhum deles, embora o árbitro tivesse a visão perfeita de todas essas situações.

Por fim, no Beira-Rio, um pênalti mal marcado para o Palmeiras, por simulação clara de Felipe Melo, teve de ser anulado pelo VAR. O árbitro ainda preferiu não dar cartão amarelo ao palmeirense pela simulação. Depois tivemos a anulação do gol do Internacional, que só não foi mais polêmica porque o time gaúcho venceu nos pênaltis. De novo, o árbitro estava olhando a viagem da bola em vez de olhar os jogadores que se empurravam. Um desses empurrõezinhos foi visto pelo VAR, o de Moledo sobre Felipe Melo, que chamou o árbitro para anular o gol do Internacional. Uma certeza: sem VAR e sem a reclamação exagerada do volante palmeirense, esse gol jamais seria anulado. Faltou árbitro no lance e sobrou malícia ao Felipe Melo.

Durante a Copa América, a CBF aproveitou a parada dos campeonatos para habilitar mais árbitros de vídeo, preparando-se para os erros que ainda estão por vir, já que não existe treinamento continuado para os árbitros de campo. O foco do treinamento precisa voltar a ser o árbitro de campo! Ele precisa urgentemente voltar a apitar o jogo com naturalidade, autoridade, personalidade e comando, inclusive da cabine do VAR.

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Tópicos: jogo, campo, erros