Ex-jogador do Ajax sai do coma depois de um ano
22/08/2018 10h58Fonte Folha Press
Imagem: Reprodução/Sky SportsClique para ampliar
Abdelhak Nouri, ex-meio-campista do Ajax que sofreu um mal súbito em campo em 2017, saiu do estado de coma no qual se encontrava. A informação foi divulgada pelo irmão do ex-atleta, Abderrahim, em entrevista no final de semana à rede de TV holandesa NOS.
Nouri se sentiu mal durante um amistoso entre Ajax e Werder Bremen em 8 de julho de 2017 em decorrência de uma arritmia cardíaca. Hospitalizado, sofreu danos cerebrais "sérios e irreversíveis", de acordo com o próprio Ajax, e precisou se aposentar dos gramados aos 20 anos.
No entanto, segundo Abderrahim Nouri, o irmão que jogava no Ajax deixou o coma em 5 de agosto. Segundo ele, "há comunicação" entre Abdelhak Nouri e a família.
"Ele estava apenas em coma e com os olhos fechados. Aos poucos, foi acordando", disse. "Mas desde dezembro e janeiro, sua atenção foi se tornando um pouco melhor, e há alguma forma de comunicação. Quando você pergunta algo, ele abre a boca ou confirma que compreendeu levantando as sobrancelhas", acrescentou.
Segundo relatos do acidente, a falta de oxigenação acabou provocando sequelas cerebrais no jogador. Os médicos descartam uma recuperação plena, mas a família ainda aguarda para acompanhar a evolução do ex-meio-campista do Ajax.
"É claro, eu acredito na ciência e acredito no que vejo, mas se falarmos a respeito do futuro, acho que o tempo nos ensinará. Acredito que ele é capaz de qualquer coisa. Nada é difícil para ele. Mantemos nossa esperança. Para as pessoas de fora que não entenderão, digo: você só precisa manter a esperança", disse.
Desde o mal súbito de Abdelhak Nouri em campo, a família do ex-jogador tem adaptado uma casa em Amsterdã próxima à residência de seus pais. Para seu irmão, Appie -como é conhecido o ex-jogador- tem mostrado evolução nos últimos tempos.
"Eu diria que está bem melhor do que antes, neurologicamente. Fisicamente, é mais difícil, e nós vemos uma pequena deterioração, mas é puramente por causa da falta de movimentação. Às vezes, ele sai da cama para se sentar na cadeira de rodas. Era mais difícil antes. Mas há altos e baixos. Sua resistência e seu sistema imunológico estão muito baixos", explica Abderrahim Nouri.
"No começo, é verdade que não podíamos ficar com ele por muito tempo - são as regras do hospital. Mas os médicos viram que a família tinha muita influência em Abdelhak. Ele ficou mais calmo, nos reconheceu. E ele fica mais tranquilo conosco do que com os médicos. Ele escuta uma voz familiar. Especialmente se minha mãe e meu pai estão com ele. Estamos com ele 24 horas por dia, porque isso faz bem para ele", acrescentou.
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