Expedito Falcão cobra leis de incentivo após judoca assegurar vaga no Pan

23/10/2015 09h39


Fonte GE PI

Imagem: Arquivo Pessoal/Expedito FalcãoClique para ampliarMichelly da Silva, ouro no Brasileiro sub-13 de judô.(Imagem:Arquivo Pessoal/Expedito Falcão)Michelly da Silva, ouro no Brasileiro sub-13 de judô.
No esporte piauiense, as histórias são cíclicas. A judoca Michelly da Silva (-38kg) deu seus primeiros passos no mesmo tatame em que a campeã olímpica Sarah Menezes (-48kg), a tricampeã universitária Aline Coutinho (-52kg) e a campeã sul-americana Hayssa dos Santos (-70kg) iniciaram.

Nada mais natural que essas inspirações a levassem além. Campeã brasileira sub-13, Michelly conquistou o direito de defender o Brasil no Campeonato Pan-Americano, em Córdoba, na Argentina, no mês de novembro. Os altos custos na viagem, porém, vão forçar a atleta a acompanhar de Teresina o torneio.

O técnico Expedito Falcão não admite comparações da atleta com a campeã olímpica, uma forma de não pressionar Michelly por resultados equivalentes aos de Sarah Menezes no começo da carreira. Mas situações parecidas, com as dificuldades de apoio, voltam a juntar o nome das duas judocas.

- Aconteceu o mesmo com Sarah, aos 14 anos ela ganhou vaga para o Sul-Americano e não foi. Com a Michelly, a mesma coisa. Ela está deixando de ir para um campeonato muito importante pra ela, para o Piauí, para o Brasil, mais uma vez por falta de recurso – relembrou o técnico Expedito Falcão.

Certamente, onze anos depois do ocorrido com Sarah Menezes, outros atletas piauienses continuam sofrendo com problemas financeiros. Os resultados da base piauiense no ano de 2014 foram aquém do esperado para a modalidade. Resultados que caíram fruto de uma entressafra de judocas.

Imagem: Reprodução/CBJMichelly da Silva venceu brasileiro com o quimono de campeã olímpica e herdou dificuldades do início da carreira da atleta.(Imagem:  Reprodução/CBJ)Michelly da Silva venceu brasileiro com o quimono de campeã olímpica e herdou dificuldades do início da carreira da atleta.


- Eu não quero por culpa em ninguém em gestão pública, mas acho que tem de ter uma política melhor ao incentivo ao esporte. Enquanto não tiver uma lei que incentive as empresas privadas a ajudar também, vai ficar tudo nas costas da prefeitura e do estado, e isso é ruim – afirmou Expedito Falcão.