Flamengo descobre força coletiva, mas centroavantes perdem protagonismo com Sampaoli
26/06/2023 11h11Fonte ge
Imagem: André DurãoPedro e Gabigol em Flamengo x Maringá.
Gabigol e Pedro são as referências do ataque do Flamengo. O dilema da atuação da dupla como titular se estende desde 2020, mas ganhou um novo capítulo nos últimos jogos de Jorge Sampaoli. Eles marcaram apenas quatro gols dos 17 gols marcados nos últimos 10 jogos.
Neste recorte, Pedro e Gabigol participaram de 29% dos gols do Flamengo. O camisa 9 marcou contra Grêmio e Vasco, enquanto o camisa 10 balançou a rede contra Fluminense e Ñublense. Vale destacar que a dupla não atua junta como titular desde o empate com o Cruzeiro, há um mês.
O aproveitamento diminuiu justamente quando Sampaoli passou a optar pela escalação de apenas um centroavante. Contra o Fluminense, Gabi foi titular enquanto Pedro não foi utilizado. Desde então, os dois não atuaram juntos como titulares.
Logo na sequência, o camisa 10 desfalcou contra Vasco, Racing e Bragantino por conta de uma lesão no quadríceps esquerdo. Neste jogos, Pedro ganhou a oportunidade no ataque e marcou em dois dos três jogos. Contra o Grêmio, Gabi volta ao time titular por 45 minutos até Pedro ser acionado no segundo tempo.
No primeiro jogo após a data Fifa, Pedro começou no time principal na ausência de Gabi que ainda se recuperava de lesão. Ou seja, após a paralisação, o jogo contra o Santos foi o primeiro que Sampaoli teve a dupla à disposição novamente.
A expectativa era de que o camisa 9 fosse mantido no ataque, principalmente devido aos dois últimos treinos antes do jogo na Vila. Mas, na manhã da partida, Gabi foi o escolhido por Sampaoli. O técnico argentino voltou ao dilema do ataque.
- No caso de Pedro e Gabigol, jogaram muito bem juntos com Dorival. Então, é definir que cada jogo é diferente e que algumas vezes podem ser. Outras vezes, não. Isso também é importante. A simplicidade disso te define basicamente os jogadores - disse Sampaoli na coletiva de apresentação.
As características diferentes de Pedro e Gabigol é o principal ponto analisado por Sampaoli para definir a escalação. Enquanto o camisa 9 marca presença na área, favorece o pivô e pouco desperdiça chances, o camisa 10 é mais versátil jogando fora da grande área e arriscando a articulação de jogadas.
No Brasileirão, o Flamengo possui o melhor ataque, com 24 gols marcados. Mas apenas 21 foram feitos com Sampaoli no comando - estreia contra o Coritiba foi com Mário Jorge no gramado. A dupla marcou apenas cinco dos 21, ou seja, apenas 23,8% do total com o técnico argentino.
Sob o comando de Sampaoli, não houve assistências de um para outro em gols.
Os números da dupla são melhores se analisarmos os 70 dias de trabalho de Sampaoli. Somando todas as competições, Gabigol e Pedro marcaram 15 dos 37 gols do Flamengo - representando 40,5% do total.
Em 2022, eles terminaram o ano responsáveis por 42% dos gols: 58 de 138 - sendo 29 cada.
Força de um ataque coletivo
Com nove gols marcados, Pedro é o artilheiro do time de Sampaoli. O dado infla com os quatro gols do camisa 9 contra o Maringá pela Copa do Brasil. Mas a força coletiva do Rubro-Negro merece destaque no trabalho do técnico argentino.
Ao todo, 15 atletas já marcaram pelo menos um gol com Sampaoli. Praticamente todos jogadores do meio-campo balançaram as redes: Gerson, Thiago Maia, Pulgar, Victor Hugo, Everton Ribeiro e Arrascaeta. No ataque, além de Gabi e Pedro, Cebolinha, Bruno Henrique e Matheus França.
Entre os zagueiros utilizados por Sampaoli, Fabrício Bruno é o único que não marcou gol com o argentino no comando. Léo Pereira e David Luiz já balançaram as redes, assim como os dois laterais que completam o sistema defensivo: Ayrton Lucas e Wesley.
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