Gelo no sangue e bola na estante! Marcos Braz avalia situação de Gabigol, futuro de Jesus e passa a
27/11/2019 16h05Fonte Globoesporte.com
As bolas na estante de casa ajudam a descrever o roteiro.
O toquinho maroto para "desarmar" o gandula peruano em meio à catarse que tomou conta do estádio Monumental de Lima no último sábado aumentou a coleção de relíquias de Marcos Braz no Flamengo. Figura central de uma temporada onde o futebol rubro-negro não só voltou a ser vencedor como fez história, o dirigente colocou a Libertadores num museu particular que já contava com estaduais, Copa do Brasil e Brasileirão.
Se os fracassos no futebol feriam um torcedor que sofreu para ver o clube se reestruturar, a volta do vice-presidente que foi campeão mesmo nas vacas magras surgia como solução dos problemas. Tiro certeiro de Rodolfo Landim.
Marcos Braz foi o responsável direto por escolhas como Gabigol e Jorge Jesus, conduziu uma jornada praticamente perfeita no mercado e ditou o rumo dos bastidores desde antes mesmo de assumir (como na pacificação da relação de Diego Alves com o clube). Não por acaso, teve o nome gritado juntamente com o presidente pelo torcedor que lotou as arquibancadas no Peru.
"Eu não sei nem se a ficha já caiu. Essa que é a verdade. Só quero que chegue logo o jogo com o Ceará para pegar mais uma taça. O que eu sei daqui para frente é que a torcida do Flamengo sabe cobrar e ano que vem vai querer mais títulos"
- Não estão errados. E já começa no Estadual. Tem que ser assim mesmo. Só assim se consegue uma hegemonia. Temos que botar a coisa para andar.
Imagem: Alexandre Vidal / FlamengoMarcos Braz comemora título com Jorge Jesus no gramado.
Antes de buscar mais um troféu, Marcos Braz se dá o direito de desfrutar a conquista no Peru. Nesta quarta-feira, após a partida com o Ceará, erguerá, dez anos depois, o segundo Brasileirão como vice de futebol.
Cenário bem mais tranquilo do que o vivido no isolamento do vestiário do Monumental de Lima. Entre uma passada de água e outra no rosto, dois gols, muitos gritos e uma história:
- Eu nunca termino o jogo no mesmo lugar, sempre desço. Depois dos 40 minutos, já estava lá e começou a gritaria quando lavava o rosto. Era o gol de empate. Perguntei quanto tempo tinha, e já era 45. Pensei: "Beleza, na prorrogação vai dar a gente". Sentia o Flamengo menos cansado. Voltei a lavar o rosto e voltou a gritaria. Olhei para a TV e estava passando o replay, só não sabia se era o primeiro ou o segundo, se o pessoal estava maluco. Saí e vi aquela loucura toda, o 2 a 1.
Imagem: Reprodução / Fla TVMarcos Braz comemora título no vestiário com Everton Ribeiro.
Em 45 minutos de bate-papo com o GloboEsporte.com entre o recebimento do troféu de campeão da América e o de campeão do Brasil, Marcos Braz falou sobre decisões importantes que levaram o Flamengo à "glória eterna", planejou 2020, esclareceu as situações de Gabriel e Jesus.
"O meu general é o Landim. O que ele determinar, tanto na gestão quanto no processo eleitoral, será feito. Quando acontecem conquistas, sempre tem conversa fiada. E o que o Landim falar eu vou estar do lado".
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