Guerrero aciona o CAS para anular pena e espera audiência em fevereiro
30/01/2018 10h30Fonte Extra
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O peruano Paolo Guerrero aguarda até o final de fevereiro para o julgamento em última instância de seu processo por doping. A data da audiência, que precisa ser corroborada pela Fifa, ainda não foi estipulada. Guerrero e sua equipe de defesa voltarão a Suíça para esta última etapa, na sede da Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne.
Somente nesta segunda-feira, mais de um mês após a redução da pena, a defesa do jogador conseguiu acionar o CAS, terceira e última instância deste processo.
No último dia 20, a Comissão de Apelação da Fifa diminuiu pela metade a suspensão ao jogador, ao decretar seis meses de afastamento dos campos, após Guerrero ser flagrado em exame antidoping para a benzoilecgonina, um metabólito da coca ou da cocaína.
A Fifa, porém, demorou para concluir a fundamentação desta decisão e por isso a defesa não conseguiu enviar documentação ao CAS antes desta data.
Guerrero começou a ser julgado em 30 de novembro, pela Comissão Disciplinar da Fifa, que aplicou punição de um ano de suspensão (conhecida em 8 de dezembro). O jogador acionou a segunda instância e conseguiu redução de pena. Ainda assim, Guerrero optou por chegar ao CAS porque quer anulação da pena.
Por ora, Guerrero estará elegível a partir de 3 de maio, a tempo de jogar a Copa do Mundo em junho, na Rússia.
BUSCA POR FICHA LIMPA
Guerrero já havia ficado satisfeito com a diminuição da pena e com a possibilidade de voltar aos gramados antes do Mundial. Mas, segundo seus advogados, quer "ficha limpa" e por isso apelou ao CAS. O contrato do atleta segue suspenso pelo Flamengo, que o aguarda em maio. O vínculo se encerra em agosto.
A defesa do atleta foi coordenada pelo advogado Bichara Neto, Pedro Frida e Marcos Motta. Chegou a ganhar reforço do espanhol Juan de Dios Crespo, que defendeu Messi de suspensão nas Eliminatórias da Copa de 2018, na reta final.
O stafe do jogador teve ainda o bioquímico L.C. Cameron, coordenador do Laboratório de Bioquímica de Proteínas da UNIRIO, e chegou a usar o caso de três múmias, encontradas na Cordilheiras dos Andes em 1999, para reforçar a tese de inocência do jogador.
Os três corpos foram encontrados praticamente preservados e, em uma das meninas, a mesma substância encontrada no camisa 9 também foi achada em seus restos mortais. Um estudo realizado por universidades britânicas, peruanas, dinamarquesas e argentinas revelou que uma quantidade do metabólito seguia resistindo.
Guerrero, que chegou a treinar na praia para manter a forma, teve doping positivo para benzoilecgonina, um metabólito da coca ou da cocaína, após consumir chá de coca ou com mistura com a folha de coca, em hotel no Peru.
Na ocasião, ele estava hospedado em um hotel, com a seleção de seu país, antes da viagem para a Argentina, para confronto pelas Eliminatórias. E conforme O GLOBO antecipou, a defesa do jogador admitiu o consumo do chá de coca, mas sem o conhecimento do atleta.
Ele teria sido receitado pela nutricionista da seleção do Peru e servido pronto para o atleta. Não houve contaminação cruzada na fabricação do chá, consumido por ele na ocasião.
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