"Imagem sutil" explica arbitragem não ter dado wazari para Maria Portela

29/07/2021 06h18


Fonte Globo esporte

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarCampeões mundiais em suas categorias, João Derly e Luciano Corrêa reforçaram as críticas à arbitragem.

Medalhista olímpico e comentarista da GLOBO e do SporTV nos Jogos de Tóquio, Leandro Guilheiro revelou nesta quarta-feira, durante o programa "Ohayo Tóquio", o motivo pelo qual não foi dado ponto para Maria Portela na polêmica luta contra a russa Madina Taimazova, nas oitavas de final da categoria até 70kg no judô, pelas Olimpíadas de Tóquio 2020. O ex-judoca revelou ter conversado com André Mariano, representante brasileiro da arbitragem do judô nos Jogos, e um sutil detalhe fez a diferença.

- Conversei com o sensei André Mariano, que é o representante brasileiro nos Jogos Olímpicos. Qual foi o problema para não dar a pontuação? Ela bate com o ombro direito, sai do solo e depois bate com o ombro esquerdo. É uma imagem sutil. Tem um momento que perde o contato, muito sutil. Segundo o sensei André Mariano, entre os árbitros isso tem base na regra, aplicando a regra, existem ações comprobatórias que isso não é um wazari - disse Guilheiro, apesar de não concordar. - Visualmente para mim foi wazari - completou o comentarista.

Não foram só os torcedores brasileiros que ficaram revoltados com a arbitragem na derrota de Maria Portela para a russa Madina Taimazova. Diversas personalidades do judô se manifestaram em apoio à brasileira e criticando a arbitragem do mexicano Everardo Garcia, que não pontuou uma queda a favor de Portela durante o ponto de ouro e, posteriormente, a eliminou com o terceiro shido (punição) por falta de combatividade.

Medalha de bronze nos Jogos de Atenas 2004 e comentarista da TV Globo, Flávio Canto reclamou da revisão em vídeo, que não anotou wazari para a brasileira.

Judoca com passagens pela seleção brasileira, Alex Pombo lembrou do árbitro Eduardo Garcia de sua luta contra o argentino Alejandro Clara, nas semifinais do Pan de Toronto de 2015. Sua derrota foi decidida da mesma forma. "Esse árbitro já acabou com o meu sonho nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, trocando o shido faltando segundos pra acabar a luta. Agora nos Jogos Olímpicos fazer uma coisa dessa, acabar com o sonho de um atleta", escreveu.

Campeões mundiais em suas categorias, João Derly e Luciano Corrêa reforçaram as críticas à arbitragem. "O wazari da Portela foi nítido", escreveu Corrêa, e acrescentou: "Deixa os atletas decidirem".


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