Inspirado no artilheiro, Gabigolzinho é novo fenômeno da torcida do Flamengo

11/11/2019 14h43


Fonte Extra

Imagem: MARCELO THEOBALD / Agência O GloboEmerson Rabello, o Gabigolzinho, acompanha a partida contra o Bahia nos ombros do pai.(Imagem:MARCELO THEOBALD / Agência O Globo)Emerson Rabello, o Gabigolzinho, acompanha a partida contra o Bahia nos ombros do pai.

A ótima fase do Flamengo extrapola as quatro linhas. E a torcida segue fazendo um espetáculo à parte fora delas. O mais novo personagem é Emerson Rodrigues Rebello, ou, como ele faz questão de ser chamado, o Gabigolzinho — com direito a perfil oficial no Instagram. A ideia de imitar o ídolo, o atacante Gabigol, foi do próprio garoto, como garante o pai, o técnico em manutenção Wallace Rebello.

Desde o início do ano, a paixão de Emerson, de apenas cinco anos, aumentou ainda mais com a chegada do novo ídolo. Já sonhando em ser jogador de futebol desde os três anos, Gabigolzinho foi matriculado em uma escolinha de futebol do Flamengo na Penha Circular, Zona Norte do Rio, assim que completou a idade mínima para participar das atividades, no início deste ano. Antes treinando no meio campo, até ajudando na marcação, Emerson já foi adiantado para jogar no ataque, pela “fome de gols” do garoto, segundo relatos dos seus treinadores.

— Isso vem desde quando ele voltou a acompanhar os jogos comigo neste ano. Agora com o Gabigol, ele virou muito fã. E foi tudo muito espontâneo. Ele estava treinando normalmente na escolinha, aí teve um pênalti para ele bater. Ele fez o gol e já correu para comemorar igual ao Gabigol, e a mãe dele filmou. A partir daí, os próprios treinadores da escolinha passaram a chamar assim — conta Wallace.

Pé-quente desde bebê

Ainda conhecido apenas como Emerson, e com três meses de idade, Gabigolzinho já provava que era pé-quente. Em 2014, viu o Rubro-Negro aplicar 3 a 0 no Curitiba em jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, após o revés pelo mesmo placar no estádio Couto Pereira. O Flamengo se classificaria nos pênaltis, com três defesas do então goleiro Rubro-Negro Paulo Victor, atualmente no Grêmio.

Wallace, no entanto, deixou de levar o filho aos estádios por um período por conta da violência. No entanto, neste ano, Gabigolzinho voltou às arquibancadas do Maracanã no jogo contra o Santos, pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Já contra o CSA, pela 28ª rodada, Emerson foi fantasiado pela primeira vez, com a barba do ídolo, e, do jogo contra o Corinthians em diante, adotou o cabelo louro.

— O meu filho está muito feliz, quer contar para todo mundo. As pessoas chegam perto dele para tirar foto e ele já faz a pose do Gabigol. É uma coisa que ele quer naturalmente — conta Wallace, que revela ter demorado uma hora para sair do estádio neste domingo, por conta dos pedidos de foto. — Ele incorporou o personagem de verdade. Depois das fotos, ele já pede para as pessoas: “me segue lá no Instagram, Gabigolzinhooficial” — celebra o pai do garoto.

O primeiro encontro de Gabigolzinho com o camisa 9 ocorreu no início do mês, na saída do jogador após o treino no Ninho do Urubu. No dia seguinte, o atleta fez uma postagem em seu perfil oficial no Facebook, em homenagem às crianças que se vestem como o craque, chamado por ele de “Gabicartoon”.

No jogo deste domingo, contra o Bahia no Maracanã, após o aquecimento, Gabigol foi até a arquibancada e entregou a camisa para Emerson. Segundo o pai, o problema agora é segurar a empolgação do garoto:

— Ontem, quando a gente chegou em casa, ele me perguntou: “papai, nós vamos pro Peru ver o jogo do Flamengo contra o River Plate? Nós vamos de avião? Eu quero ir de Gabigolzinho, pra todo mundo me ver”. Aí disse que não dava para a gente ir, e ele se contentou com um churrasco mesmo em casa, vestido de Gabigolzinho, claro — brinca Wallace

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