Mike Tyson se anima com retorno aos ringues e garante nova luta
29/11/2020 09h39Fonte Globo esporte
Imagem: Reprodução
O recado foi dado assim que Mike Tyson deixou o ringue. Ainda ofegante, mas com um sorriso de garoto no rosto, o pugilista de 54 anos pouco parecia se importar com o empate simbólico com Roy Jones Jr.. Já àquela altura, o veterano tinha a certeza: a luta de sábado no Staples Center não seria um ponto final.Os movimentos, claro, não eram os mesmos, assim como os socos não tinham a mesma potência de antigamente. Tyson, porém, mostrou uma disposição elogiável dentro do ringue. Sem lutar há 15 anos, pressionou Roy Jones durante todo o tempo, buscando o nocaute, ainda que fosse uma luta de exibição. A boa performance o animou a planejar novos embates.
- Eu não sei. Talvez façamos algo no sul da França, Mônaco, na parte central. Fazemos algo lá fora. Um dos lutadores europeus por aí, é possível. O céu é o limite. Eu acredito que o evento quebrou todos os recordes em pay-per-view. Eu só quero continuar a fazer isso, de uma perspectiva humanitária.
O pugilista evitou citar nomes de possíveis novos rivais. Garante, porém, que espera seguir subindo aos ringues – e em um número maior de vezes.
- Eu já tive 15 lutas em um ano. Então, vamos tentar trabalhar mais perto disso. Tem que ser competitivo, que seja um cara constante. Não pode ser alguém fora de forma, não seria consistente. Eu gostaria de ter uma luta a cada dois meses.
Tyson afirma que, durante todo o tempo, o nocaute não era o seu maior desejo na luta contra Roy Jones Jr.. De volta aos ringues, tudo o que o pugilista queria era não cair antes do tempo.
- Eu só estava feliz de estar ali com ele e de ter conseguido chegar ao oitavo round. Pontuar não significava nada pra mim, ausência de fãs não significava nada para mim. Eu só estava feliz por ir longe. Isso é um lutador real, ter resistência. Você não vai nocautear todo mundo. Eu aprendi isso.
Após o evento, Tyson afirmou ter recuperado, nos últimos anos, os melhores motivos para voltar aos ringues.
- Eu me sinto ótimo agora. E isso é diferente de apanhar. Estou acostumado a apanhar, acostumado com esse sentimento. Sou capaz de ajudar muitas pessoas, menos afortunadas do que eu. Isso é o que sou capaz de fazer em todo o mundo, em um mundo perfeito. Em um mundo perfeito, eu seria um missionário. O que estou fazendo no ringue, percebi que é um presente. Não só para mim. Antes, era tudo sobre mim, uma mulher sexy e um bom carro. E os aviões e os barcos. E isso não serve mais para mim. Eu fui por outro caminho.
Veja mais notícias sobre Esportes, clique em florianonews.com/esportes