Nadador campeão olÃmpico reforça alerta sobre coronavÃrus: "Doença muito assustadora"
19/04/2020 13h06Fonte GE
Imagem: ReproduçãoCameron van der Burgh em entrevista ao GloboEsporte.com
O ex-nadador sul-africano Cameron van der Burgh, de 31 anos, foi um dos primeiros atletas de renome no mundo a anunciar que havia contraído o novo coronavírus. E o relato foi preocupante:- Foi o pior vírus que já peguei, apesar de ser uma pessoa saudável com pulmões fortes, sem fumar e praticar esportes a vida toda, ser jovem e ter uma maneira de vida saudável. Embora os sintomas mais graves, como a febre, já tenham diminuído, ainda estou lutando com fadiga e tosse residual que não consigo erradicar - disse Van der Burgh em uma postagem no Twitter em março.
O sul-africano, campeão olímpico dos 100m peito nas Olimpíadas de Londres 2012 e prata na mesma prova na Rio 2016, recuperou-se e está curado da Covid-19, mas a mensagem correu o mundo como um alerta da gravidade da crise mundial.
No Brasil, as palavras de Van der Burgh tiveram eco ainda maior porque foram divulgadas na sequência do discurso em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que estaria imune ao novo coronavírus por ter "histórico de atleta".
O sul-africano garante que nenhum DNA esportivo pode ser usado como trunfo para combater a doença, que já matou cerca de 150 mil pessoas no mundo.
- Para mim, foi uma situação bem assustadora. Senti febre, tremedeiras a ponto de pensar que se a situação se agravasse mais um pouco teria de procurar um hospital. Eu tive sorte de não precisar ir e ter uma recuperação completa, mas é uma doença muito dura. As estatísticas vêm diariamente, vemos quantas pessoas pelo mundo afora estão morrendo, quantas pessoas têm sido infectadas. Está obviamente melhorando, mas só porque o mundo todo está unido na questão do distanciamento social, e isso ajuda muito. Mas é uma doença muito assustadora e, como eu escrevi no Twitter, as pessoas precisam levá-la muito a sério - afirmou Van der Burgh em entrevista ao Esporte Espetacular e ao GloboEsporte.com.
Curado, ele contou que tem aproveitado para reavaliar posições de vida. Em vez de estresse no trabalho, apreço por tratos mais pessoais - apesar do distanciamento social. Em vez de postura negativa, atitudes para encarar o momento difícil.
Embaixador da Fundação Laureus, o sul-africano apoia projetos sociais e tem enviado dinheiro para seu país natal para compra de alimentos em comunidades carentes.
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