Presidente do Santos defende Neymar: "Se ele tivesse a mínima condição, estaria em campo"

10/03/2025 13h14


Fonte ge

Imagem: Marcos RibolliNeymar é apresentado por Marcelo Teixeira no Santos.(Imagem:Marcos Ribolli)Neymar é apresentado por Marcelo Teixeira no Santos.

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, saiu em defesa de Neymar após a eliminação para o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista. Apesar de ter ido para o banco de reservas, o craque não entrou em campo e o Peixe acabou derrotado por 2 a 1, no último domingo, na Neo Química Arena.

Em entrevista ao programa "Domingo Esportivo", da Santa Cecília TV, o mandatário santista garantiu que o camisa 10 não foi poupado por conta das Eliminatórias da Copa do Mundo e ressaltou a importância de Neymar para o elenco. De acordo com Teixeira, o meia-atacante fez exames sexta-feira e domingo para tentar ir a campo, mas não tinha condições.

– É um dos melhores do mundo e ele, de forma humilde, está com grupo e colaborando. Se ele tivesse a mínima condição estaria em campo. Ele teve treino, trabalho como todos. Houve uma preocupação da comissão técnica. Existem profissionais que acompanham o Neymar, que estão contratados pelo Santos, que acompanham a sua carreira. Tudo que está agregado para que ele tenha o melhor desempenho. Por precaução, nós entendemos que hoje não deveríamos. Não é pensando em seleção brasileira, é porque ele não teria condições de estar.

Marcelo Teixeira fez um paralelo com a final do Campeonato Brasileiro de 2002, também contra o Corinthians. À época, o meia Diego entrou em campo mesmo sem condições de jogo e precisou ser substituído após dois minutos de jogo.

– Comentam que ele (Neymar) poderia ser colocado por 30, 20, 15 minutos. Ele não tem condições. Nós tivemos esse exemplo em 2002. Eu ouvi do Diego: "Presidente, eu não vou ficar de fora de jogo. Eu vou, vou contribuir, vou participar e vamos alcançar o título". Com dois minutos ele saiu de campo porque não tinha condições. Hoje, com os estudos, os exames que são feitos de forma criteriosa, nós averiguamos que o Neymar não tinha condições de jogo.

– Não é porque a comissão técnica, os profissionais exageraram nos treinamentos ou ele foi muito além em cada um dos sete jogos. Não, é porque ele vem num processo de recuperação. Temos que entender isso. Houve uma fatalidade. Num jogo decisivo ele ficou de fora. Faz parte de um contexto. Pode ser que com ele bem o resultado poderia ser outro. Se tivéssemos a chance da semifinal ser decidida em dois jogos, a tendência é do finalista ser outro. São todas hipóteses. Temos que respeitar. O Corinthians teve a melhor campanha, é merecedor de ser finalista também.

Apesar do otimismo, o presidente do Santos também evitou falar de uma possível prorrogação do contrato de Neymar, que tem validade inicial de seis meses. O pai do atleta já admitiu que o craque poderá permanecer mais tempo no Peixe.

– Não podemos anunciar ainda. Mas estamos trabalhando para que ele permaneça. As duas partes tem essa intenção. Desde o início dissemos isso. Caberá a cada passo que o Santos vem dando, de uma forma muito responsável e prudente. Temos que ver as questões financeiras. Temos um contrato em vigência nesses seis meses, que estão sendo avaliados. Num combo preliminar já temos um fator positivo. Os vínculos e contratos celebrados com parceiros e empresas que apoiam esse projeto estão fazendo um contrato maior para, no mínimo, dois anos. Mesmo que você tenha uma condição de 6 meses do Neymar, as chances que o Santos continue tendo os recursos financeiros desse projeto são vantajosos para continuarmos o processo de reconstrução. Não queremos antecipar nada porque não temos nada concretizado. Não existe o diálogo ainda. O mais difícil foi traze-lo. Já que ele está aqui, vamos trabalhar para que nos próximos três ou quatro meses tenhamos condições para que ele permaneça até o ano que vem.


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Tópicos: santos, corinthians, neymar