Radiografia da crise do Cruzeiro: os fatos que explicam o momento ruim

12/04/2025 12h31

Fonte ge

O Cruzeiro emendou três derrotas seguidas e vivencia um momento de turbulência em 2025. O cenário vem se estendendo desde o fim da temporada passada, com a não classificação para a Libertadores, o sai ou não de Fernando Diniz até as críticas públicas da última semana, que reverberaram internamente no Cruzeiro.

O ge elencou fatores que fizeram o cenário externo e interno do Cruzeiro ficar turbulento e que acabam refletindo nos resultados em campo. O time venceu apenas quatro partidas em 14 jogos no ano e teve três comandos até agora, um deles interino. Abaixo, os fatores:

Sem Libertadores, mas com Diniz

Os problemas no Cruzeiro ficaram mais evidentes no fim da temporada, com os resultados ruins acumulados com Fernando Diniz e a perda da vaga na Conmebol Libertadores. O treinador, mesmo assim, foi mantido para 2025.

O treinador teve pouco tempo de pré-temporada nos Estados Unidos. Menos de duas semanas. Não resistiu depois do terceiro jogo oficial. O começo do Campeonato Mineiro foi com uma vitória, um empate e uma derrota.



Descontentamento de jogadores

Em meio ao trabalho inicial, Fernando Diniz ainda conviveu com descontentamento de jogadores. Matheus Pereira deixou claro que tinha futuro indefinido no clube, na janela, e que poderia deixar o Cruzeiro durante a estadia nos Estados Unidos. Após o clássico com o Atlético-MG, pelo Mineiro, o meia admitiu que queria ter voltado para a Europa na janela.

No começo do Mineiro, ainda com Fernando Diniz, o goleiro Cássio também foi criticado e respondeu a torcedores nas redes sociais pelo desempenho. Ele foi mantido no posto, mas conviveu com rumores de uma possível busca de um concorrente, o que foi prontamente negado pela diretoria.

Outro que se envolveu em polêmicas foi o lateral Marlon, negociado com o Grêmio nesta semana. O jogador ainda foi um dos alvos de protesto violento por parte da torcida, após a eliminação no Campeonato Mineiro.

Resultados ruins no Campeonato Mineiro

Não foram apenas situações externas que afetaram o Cruzeiro. A campanha no Campeonato Mineiro, na primeira fase, foi a pior do atual século. O time só venceu três em 10 partidas ao todo. Na primeira fase, teve apenas o sexto melhor desempenho.

Estopim de Pedro Lourenço

Com investimentos superando os R$ 400 milhões em atletas, desde o ano passado, Pedro Lourenço deu um basta, publicamente, após o acúmulo de resultados ruins esportivamente. Acumulando ainda prejuízos, o empresário demonstrou já insatisfação em fevereiro, afirmando que a gestão já havia chegado ao limite de erros e que havia falhado na montagem do elenco.

Nessa semana, após uma derrota de 3 a 0 para o Internacional, o empresário concedeu entrevista e teceu críticas públicas ao braço-direito e CEO do clube, Alexandre Mattos. Ainda admitiu que acumulava prejuízos financeiros na Raposa: "Futebol é um péssimo negócio".

Início ruim na Conmebol Sul-Americana

Além dos resultados no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro não começou bem na Conmebol Sul-Americana. O time foi derrotado por duas vezes e é lanterna do Grupo E. A situação para se classificar como primeiro do grupo se complicou.

Por causa dos resultados, o time ainda acumulou prejuízos financeiros. É que, a cada partida vencida, o time tem direito a cerca de R$ 650 mil. Dessa forma, o prejuízo está em mais de R$ 1,3 milhão.

Protesto e cobranças

Após a segunda derrota na Conmebol Sul-Americana, o Cruzeiro viu a temperatura interna aumentar. O dono do clube se reuniu com as principais lideranças da equipe. Houve cobrança por parte da direção e também dos atletas.

Torcedores do clube também foram à porta da Toca da Raposa protestar contra o elenco e também o CEO, Alexandre Mattos.

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