Rivais históricos no Pan, Brasil e Cuba lutam por domínio no judô

08/08/2019 10h50


Fonte Folha Press

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarRivais históricos no Pan, Brasil e Cuba lutam por domínio no judô.(Imagem:Divulgação)

Nenhum esporte dos Jogos Pan-Americanos traduz tão bem a rivalidade entre Brasil e Cuba quanto o judô. A partir das 17h (de Brasília) desta quinta (8) e até domingo (11), quando acontecem as disputas da modalidade em Lima, brasileiros e cubanos devem ser quase onipresentes nos pódios das 14 categorias (sete em cada gênero).

O Brasil não estará representado em todas elas, já que Leonardo Gonçalves (meio-pesado) acabou cortado por lesão e não terá um substituto. Assim, não será possível buscar a inédita marca de 14 medalhas.

Caso alcance 100% de aproveitamento, o país repetirá as 13 que vem conquistando repetidamente desde o Pan do Rio, em 2007. Nas últimas três edições, Cuba oscilou entre 12 e 14 pódios.

"Sem dúvidas vai ser o que sempre foi, uma briga luta a luta. Nosso grande objetivo é sempre chegar à frente de Cuba e ser o primeiro no quadro de medalhas, independentemente de quantas a gente conquiste",
diz Ney Wilson, chefe da delegação brasileira.

Os principais destaques da equipe no Peru estão no time feminino, com a campeã olímpica e mundial Rafaela Silva (leve), 27, e a bicampeã mundial e duas vezes medalhista de bronze em Jogos Olímpicos Mayra Aguiar (meio-pesado), 28.

Larissa Farias (ligeiro), 22, Larissa Pimenta (meio-leve), 20, Alexia Castilhos (meio-médio), 24, Ellen Santana (médio), 21, e Beatriz Souza (pesado), 21, completam a lista das mulheres.

Os homens chegam com uma equipe totalmente renovada em relação à participação no Pan de Toronto-2015 e parecida com a que disputou os últimos grandes campeonatos internacionais.

Renan Torres (ligeiro), 20, Daniel Cargnin (meio-leve), 21, Jeferson Santos (leve), 20, Eduardo Yudi (meio-médio), 24, Rafael Macedo (médio), 24, e David Moura (pesado), 31, formam o time, com média de idade de 23,3 anos.

Moura, medalhista de prata no Mundial de 2017, é o mais experiente. Ele substitui seu concorrente nacional na categoria, Rafael Silva, duas vezes medalhista olímpico e que foi cortado em junho após uma lesão na mão.

Outros desfalques serão Maria Portela (médio) e Maria Suelen Altheman (pesado), que pediram dispensa.

Como os judocas seguem diretamente do Pan para o Campeonato Mundial no Japão, realizado de 25 de agosto a 1º de setembro, a confederação abriu essa possibilidade para quem preferisse se preservar durante o evento continental.

Assim como ocorre entre os pesados do masculino, a substituição de Maria Suelen, 30, quarta colocada do ranking mundial, por Beatriz, não resulta numa queda acentuada de nível técnico.

A mais jovem, que está na nona posição, tem como grande trunfo o desempenho contra uma das maiores estrelas dos Jogos Pan-Americanos, a cubana Idalys Ortiz, 29, campeã olímpica e bicampeã mundial e do Pan. Em abril, Bia a derrotou duas vezes na mesma competição.

"Judô é um esporte que surpreende. Tem jogo que bate e jogo que não bate. Eu faço muito bem com a Idalys, mas tento cada vez chegar de uma forma diferente para sempre surpreender. Agora me preparei para fazer uma tática nova, chegar forte e ganhar dela mais uma vez", afirma a brasileira.

Apesar da vantagem histórica de Cuba no quadro de medalhas do judô em Pans (136 a 124), nas últimas edições do evento a disputa tem sido bastante equilibrada. É o que pode se esperar também para os próximos dias.

"Lutar com os cubanos é sempre uma guerra diferente",
define Bia.

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Tópicos: jogos, mundial, medalhas