Santos reedita jogo histórico na Libertadores contra o Independiente
21/08/2018 14h30Fonte Folha Press
Imagem: Pedro Ernesto Guerra AzevedoClique para ampliar
Rivais nesta terça (21), Santos e Independiente, reeditam em Avellaneda, às 21h45, um confronto que marcou a história dos dois clubes.
Há 54 anos, um enfrentamento entre as equipe marcou o fim da era mais vitoriosa da história santista e o início da trajetória do time argentino como o maior vencedor da Libertadores, com sete títulos conquistados.
Em 1964, o Independiente encerrou a sequência do bicampeonato do Santos de Pelé na competição sul-americana e deu início às conquistas que fazem do clube o Rei de Copas na Libertadores.
Campeão de 1963, o Santos entrou diretamente na semifinal do ano seguinte.
No jogo de ida, realizado dia 17 de julho, no Maracanã, o time paulista vencia por 2 a 0, mas os argentinos empataram ainda no primeiro tempo, gols de Rodríguez e Bernao, e viraram no último minuto, com Suárez.
A épica vitória no Brasil é narrada como ponto fundamental na construção da mística que envolve o clube argentino, que venceu aquela edição da Libertadores ao superar o Nacional (URU) na final.
Autor de um dos gols santistas no jogo de ida -o outro foi marcado por Pepe-, o ex-ponta-direita Peixinho tem um argumento para explicar a derrota para os argentinos: a ausência, por lesão, do maior jogador de todos os tempos.
"O Independiente tinha uma equipe muito boa, marcava forte. O Santos tinha um grande time, mas o Pelé era algo a mais, a cereja do bolo. Poderíamos ter vencido com ele em campo", diz à reportagem.
O jogo de volta, disputado na Argentina e vencido pelos donos da casa por 2 a 1, é cercado de histórias e uma polêmica, que veio à tona em 2015. A emissora de TV América, da Argentina, revelou gravações telefônicas em que o ex-presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), Julio Grondona, conta como atuou nos bastidores para ajudar o Independiente.
Nos áudios, Grondona, que era dirigente do clube na época, dá a entender que influenciou na escala do árbitro inglês Arthur Holland e da dupla de auxiliares paraguaios.
"O árbitro e os bandeiras não marcavam impedimento de ninguém deles. Como tinham um time veloz, eles se aproveitaram bem", conta Pepe, o Canhão da Vila.
Pepe, aliás, viveu situação curiosa entre essas partidas. Ele havia acabado de se casar e queria passar a lua de mel com a esposa. Contudo, sem Pelé e Coutinho, o técnico Lula exigiu que ele jogasse.
Pepe concordou, mas com a condição de que sua mulher o acompanhasse na viagem. "Ele [Lula] aceitou e eu acho que foi a primeira vez que a esposa de um jogador viajou junto com a delegação", conta.
Nesta terça, as equipes voltam a se enfrentar, pelo primeiro duelo das oitavas de final, na Argentina, onde o Santos nunca venceu o Rei de Copas -quatro derrotas e um empate.
Para ler mais notícias do FlorianoNews, clique em florianonews.com/noticias. Siga também o FlorianoNews no Twitter e no Facebook