Semifinal da Copa América: O Brasil contra um triplo jejum

04/07/2021 13h44


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoSemifinal da Copa América: O Brasil contra um triplo jejum(Imagem:Reprodução)Semifinal da Copa América: O Brasil contra um triplo jejum

Atual campeã da Copa América, a seleção brasileira se depara nas semifinais com três grandes jejuns sul-americanos. Para chegar à decisão e tentar conquistar seu décimo título, o Brasil enfrenta justamente o Perú, o semifinalista que está há mais tempo sem vencer o torneio.

A última vez em que los incas conquistaram a Copa América foi em 1975, quando os peruanos contavam com sua maior geração futebolística, dispondo de um ataque formado por Teófilo Cubillas e Juan Carlos Oblitas. Naquela edição, quando pela primeira vez participavam os dez membros da Conmebol, o Perú eliminou o prórpio Brasil nas semifinais, antes de vencer a decisão contra a Colômbia com duas vitórias em uma melhor de três partidas.

Comandada por Ricardo Gareca desde 2015, La Blanquirroja tenta seu terceiro título, pois também venceu o Campeonato Sul-Americano de 1939, que contou com a particiapação de apenas outras quatro seleções -- Uruguai, Paraguai, Chile e Equador. Por curiosidade, foi adversária do Brasil na decisão de 2019 e traz no currículo recente a derrota acachapante contra a seleção de Tite na primeira fase, por 4 a 0, mas também uma vitória contra a Colômbia e a classificação obtida nos pênaltis, nas quartas de final, contra a sempre dura seleção paraguaia. Nos últimos anos, o Perú se transformou em uma seleção competitiva.

A mais célebre fila de títulos é da Argentina, que não vence uma competição oficial desde a Copa América de 1993. Após eliminar o Equador por 3 a 0, placar que não traduz muito bem o que foi o jogo, os albicelestes enfrentam a Colômbia nas semifinais e seguem firmes no objetivo de levar Lionel Messi à conquista de alguma taça -- qualquer que seja. Além de acabar com a seca, a Argentina também pode se igualar ao Uruguai como a maior seleção vencedora da Copa América, com 15 títulos.

A situação da Colômbia nem sequer pode ser definida como jejum, pois os cafeteros venceram apenas a edição de 2001 da Copa América, justamente quando foram anfitriões. Motivada pela insegurança no país, em tempos de guerrilha constante, a Argentina decidiu não participar. O Brasil levou uma equipe alternativa, que para desespero de Zagallo seria eliminada pelo esquadrão de Honduras nas oitavas de final. Na decisão, o time de Óscar Córdoba, Mario Yepes e Victor Aristizábal, todos sob a batuta do maestro Francisco Maturana, conquistaria seu primeiro (e até hoje único) título continental ao vencer o convidado México por 1 a 0, no estádio El campín, em Bogotá.

Aliás, a seleção colombiana, treinada por Reinaldo Rueda, é um dos grandes mistérios da Copa América. Nas quartas de final, amarrou, cozinhou e ferveu para depois eliminar nos pênaltis o Uruguai, sempre favorito, mas antes havia empatado com a Venezuela e saíra derrotada diante dos peruanos. Também foi o adversário mais duro para o Brasil e atualmente não se contenta apenas em tentar exibir a cátedra cafetera -- quando é preciso, não hesita em falar a língua do sarrafo. Não será um adversário dócil para a Argentina.

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