STJD não exclui Lusa do Brasileiro feminino, e Tigre tem sonho frustrado de ir à fina
24/07/2017 17h05Fonte globoesporte.globo.com/pi
Imagem: Daniela Lameira/STJDPortuguesa é punida em R$ 1.000 por descumprir regulamento.
A Portuguesa escapou da punição de ser excluída da Série A2 do Brasileiro feminino. Julgada na tarde desta segunda-feira pela primeira comissão disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a Lusa foi punida por unanimidade dos votos com multa de R$ 1 mil pela escalação da lateral Thalita no jogo de ida da semifinal do torneio. A atleta jogou sem constar na súmula da partida, realizada em Teresina no começo do mês. Com isso, o Tiradentes-PI – que contava com a condenação do time paulista para ir à decisão – teve as expectativas frustradas.
A Lusa foi denunciada pela procuradoria do STJD por infringir o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre o uso de atleta irregular. Na semifinal contra o Tiradentes, disputada em Teresina, a Portuguesa escalou a lateral Thalita sem colocá-la na relação de jogadoras. O árbitro apontou o erro na súmula da partida.
No julgamento, a procuradoria reclassificou o artigo da denúncia para o 191, que trata sobre descumprir o regulamento da competição. Na defesa, o advogado da Portuguesa destacou que a atleta tinha condição de jogo. Foram mostrados na sessão a lista de atletas da Lusa entregue à imprensa com o nome da lateral e o cartão entregue à arbitragem com as inscrições no BID da CBF, além da documentação da atleta em todos os outros jogos.
O artigo 214 fala em incluir na equipe atleta sem condição e jogo. A atleta não tinha suspensão por motivo algum, está registrada e foi titular na última partida e a Diretoria de Competições em nenhum momento informou alguma irregularidade. A defesa está comprovando que ela tinha condição de jogo. A súmula foi preenchida de forma equivocada pelo árbitro e a condição e jogo está comprovada. Não se pode falar em artigo 214. A Portuguesa venceu pelo agregado de resultados e não há motivos para mudar a decisão de campo - defendeu o advogado da Lusa, Marcio Andraus.
Com a prova documental apresentada pela Portuguesa, o procurador Rafael Carneiro explicou:
- A gente sabe que o artigo 214 causa um certo temor tendo em vista a punição prevista. No meu sentido a súmula trata de forma correta como tudo ocorreu. No contemplar de ter documento comprobatório que a atleta estava em condição regular de jogo, temos que aplicar o artigo 191, III. Se há documento que a atleta tinha condição de jogo e houve um procedimento equivocado que partiu do clube denunciado temos apenas que converter para uma capitulação mais adequada - argumentou o procurador Rafael Carneiro.
Tiradentes-PI dá adeus
Havia uma expectativa do Tiradentes-PI na condenação da Portuguesa. O clube piauiense, eliminado pela Lusa no jogo de volta da semifinal, tinha até marcado o retorno aos treinos. Com o resultado do STJD, o presidente Ozeas Canuto lamentou e mira a próxima temporada.
- Acabou. Infelizmente houve apenas uma punição administrativa por não cumprir o regulamento. É assim mesmo, chegamos tão perto. É hora de botar a bola para frente. Por uma posição, temos um prejuízo. Ficamos em terceiro lugar na Série A2, agora é ver como fica o calendário. Se no próximo ano vamos jogar a Série A2, não tem mais a Copa do Brasil e se vai ter o campeonato estadual feminino. O saldo que fica é positivo. Mesmo com a estrutura que temos jogamos de igual para igual - disse o presidente do Tiradentes-PI.
Final é na quarta-feira
Com o resultado do STJD, a Portuguesa segue na final da Série A2 do Brasileiro feminino contra o Pinheirense . O jogo da volta é nesta quarta-feira, às 17h, no estádio Curuzu, em Belém. Na ida, o time do Pará venceu no Canindé por 2 a 1 e tem a vantagem do empate. Ambos times conquistaram vaga na elite do Brasileiro feminino de 2018.
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