Veja a situação dos "vestibulandos" de Tite na disputa pela Copa do Mundo
11/11/2017 10h08
Fonte globoesporte.com
A vitória por 3 a 1 sobre o Japão serviu de vestibular para muitos jogadores que ainda cobiçam as últimas vagas da seleção brasileira na Copa do Mundo do ano que vem. Tite priorizou, ao longo de todo o jogo, dar tempo aos candidatos e, consequentemente, mais informações para suas decisões finais, que serão tomadas no início de maio, com a lista final para o torneio.
– A equipe perde coordenação quando mexe bastante, mas o resultado do primeiro tempo permitiu fazer substituições mais cedo. Deu para ver melhor Diego Souza, Jemerson, dar uma real oportunidade ao Douglas Costa. Ver Giuliano, Alex Sandro, Taison. Foi uma possibilidade maior de observações pontuais, e elas são importantes para ser justo na convocação final – disse Tite.
Antes disso, em março, o técnico vai chamar jogadores para os amistosos contra Rússia e Alemanha, nos dias 23 e 27 desse mesmo mês. Na última sexta-feira, oito jogadores que ainda tentam ir ao Mundial entraram em campo. O GloboEsporte.com mostra abaixo um balanço da situação de cada um depois do triunfo sobre os japoneses.
Foram seus primeiros minutos com a camisa da seleção. O goleiro entrou nervoso no intervalo e acabou sofrendo o gol de cabeça de Makino. Tite e sua comissão técnica disseram que ele não teve qualquer culpa na conclusão. O cenário atual é muito favorável ao corintiano. Embora ele esteja atrás de Alisson e Ederson na hierarquia da posição, só perderá a condição de terceiro na Copa se fizer um início de temporada muito ruim em 2018.
Precisava mostrar serviço, e mostrou. Hoje, pode-se dizer que está à frente de Fagner, antigo preferido para a reserva de Daniel Alves. Sua ultrapassagem seguida de assistência para Gabriel Jesus rendeu uma comemoração eufórica de Tite. O entrosamento com parceiros do City – além de Jesus, Fernandinho e Ederson – também é um ponto a favor. Só que o lateral não é um titular habitual de Guardiola. Seu número de jogos será importante para conseguir ir mesmo à Copa.
Perdeu a disputa aérea no lance do gol do Japão. No amistoso de junho, lance semelhante ajudou a colocar Gil atrás de Rodrigo Caio na ordem de preferência de Tite. A verdade é que se o técnico tem total certeza da convocação dos outros três – Marquinhos, Miranda e Thiago Silva –, a última vaga da zaga está aberta.
Teve mais uma chance de jogar quando o nível coletivo já começava a se desequilibrar pelo excesso de substituições. Ainda assim, apareceu bem no ataque, mas deixou espaços na defesa. Vive bom momento, mas não é fácil concorrer com Filipe Luís, um dos jogadores que mais atuaram desde 2014 e que foi até capitão com Tite. Está no páreo.
Manteve o bom nível de atuações que apresenta quando entra na seleção brasileira, mas a impressão é de que ele raramente jogará mal e raramente decidirá um jogo. A falta desse poder de mudar um cenário pode pesar contra, embora a regularidade esteja a seu favor. Para a posição, Tite já convocou Fred e Arthur, mas nenhum jogou. Hernanes, citado pelo técnico em entrevista coletiva, seria mais um reserva para Renato Augusto do que para Paulinho, que é a vaga de Giuliano.
Nome mais contestado da lista de Tite, mais uma vez mostrou bom futebol nos poucos minutos que teve contra o Japão. Em relação a Douglas Costa, seu principal concorrente, ele é mais versátil. Joga pelos dois lados e também pelo meio, onde tem atuado no Shakhtar Donetsk, inclusive, onde é capitão. Também não se sabe qual seria seu poder de mudar um jogo, mas está forte na corrida.
Tite o convoca esperando ter aquele jogador do Bayern de Munique treinado por Pep Guardiola, mas ainda não conseguiu. Contra o Japão, mostrou muita vontade de garantir um lugar na Rússia, mas, novamente, não brilhou. Uma boa temporada na Juventus, da Itália, o manterá com chances de ser o reserva de Neymar.
Talvez seja a posição que mais preocupe Tite. Firmino, sua aposta inicial, não consegue mostrar na Seleção o repertório que tem no Liverpool. E Diego Souza, que já esteve em momento melhor no Sport, não conseguiu manter o desempenho ofensivo do Brasil ao entrar no segundo tempo.
