ANP perfura poço em Floriano na busca de gás natural; investimento de R$ 50 milhões
02/03/2011 15h58Fonte GP1
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) vai perfurar na região de Floriano um poço estratigráfico, que visa definir o potencial de produção de gás natural no Estado. A decisão foi resultado da audiência do governador Wilson Martins com o presidente da ANP, Haroldo Lima, hoje (2), no Rio de Janeiro.O poço, autorizado por Lima imediatamente à solicitação do governador, representa um investimento inicial será de R$ 50 milhões e será um passo a mais na exploração do potencial mineral do Estado. “Este poço traduz a real confiança da ANP nas possibilidades de exploração de gás no Piauí. Não se faria um invesdtimento desses sem perspectivas concretas”, disse Wilson.
A decisão da ANP leva em conta os estudos feitos pela própria agência, que já desenvolveu levantamento aerográfico, sismográfico e geoquínico no Piauí. Os estudos cobriram 22 mil km2, em 22 municípios do médio e alto Parnaíba. O poço será perfurado ao sul de Floriano, uma espécie de centro geográfico da área que apresentra grande possibilidade de gás.
ANP fará leilão de blocos no Piauí
Na audiência na ANP, o governador Wilson Martins solicitou ainda que a Agência inclua o Piauí no próximo leilão de blocos para exploração de gás. Haroldo Lima e a Superintendente de Geologia, Eliane Petersohn – presente na audiência – também se comprometeram com este pleito.
O Piauí faz parte da formação geológica da Bacia Sedimentar do Parnaíba, que inclui o Maranhão e uma pequena parte do Tocantins. As primeiras explorações no Maranhão apontaram grande reserva de gás, o que torna ainda maior a perpectiva para o Piauí. “Quando eu dizia isso há três anos, muitos desdenhavam. A ANP está provando que tínhamos razão”, disse Wilson.
O governador solicitou ainda a ampliação do convênio com a UFPI, no laboratório de controle da qualidade dos combustíveis. O trabalho do laboratório tem colocado o Piauí como um dos estados com menor índice de adulteração de combustíveis.
Por fim, pediu que a ANP faça gestões junto ao BNDES e Petrobrás, visando um entendimento em torno da planta da Brasil Ecodiesel. A proposta de Wilson é encontrar um novo formato de negócios que permita a utilização da planta industrial, que se encontra em local estratégico tanto pela proximidade do semiárido como dos cerrados, fontes da oleaginosas utilizadas na produção do biodiesel.