Anulação de eleições para diretor do ENOCS gera embate entre Chapas concorrentes
19/12/2013 18h01Após o resultado das eleições para diretor da Escola Normal Osvaldo da Costa e Silva, em Floriano, a Secretaria de Estado da Educação e Cultura, através da comissão eleitoral central, anulou o resultado das eleições, devido a acusações de desrespeito à legislação que regulamenta a gestão democrática.
Na instituição duas candidatas disputavam a eleição, a Chapa 1 encabeçada pela professora Maria da Paz (Paizinha) e a Chapa 2, encabeçada pela professora Ariete. Ao final do processo eleitoral Paizinha obteve 428 votos, derrotando Ariete, que recebeu 199 votos.
A anulação das eleições aconteceu em resposta a um processo movido pela Chapa 2, que apresentou denúncias de várias irregularidades durante o certame.
Segundo a professora Ariete, houve irregularidades, não só através do voto da professora Paizinha, que não estava cadastrada, mas de vários pais, alunos e professores, que também votaram sem estar cadastrados, enquanto o item 11.4 do Edital dizia que só poderia votar quem estivesse devidamente cadastrado.
“Tenho em mãos a ata que consta a quantidade de eleitores e a quantidade de votantes não bateu com a quantidade de cédulas de votação; A quantidade de professores que votaram na eleição e que não estavam cadastrados não foi apenas dois, foram mais”, disse Ariete.
Imagem: FlorianoNewsProfessora Ariete e Professora Kleissa.
A educadora explicou ainda que em momento algum a Chapa 2 fez perseguição à professora Paizinha, mas estava no pleito com o propósito de mostrar propostas, trabalhar e fazer do ENOCS uma escola de verdade.
“Porque até então que eu saiba, a escola está estagnada no passado. Toda escola de Floriano recebe uma reforma, o ENOCS não. Toda escola de Floriano recebe um projeto, o Estadual não tem. Por que isso acontece? Será que é o aluno o responsável? Será que é o político o responsável? Ou será que é a atual gestão?”, indagou.
Ao receber o resultado das eleições, a professora Paizinha afirmou que não houve nenhuma irregularidade de sua parte e seu nome não constar na lista de cadastrados deveu-se a algum erro de impressão.
“Eu creio que foi algum erro na hora de imprimir, porque eu sou funcionária do estado, o cadastro foi feito pela lotação da escola onde sou lotada e com certeza creio eu que meu nome constava sim na lista dos votantes. Mas nós votamos com autorização da comissão eleitoral da escola, com a presença da professora Aríete, que é a chapa que concorreu, mas não foi eleita, e ela também disse que eu poderia votar”, declarou Paizinha.
Imagem: FlorianoNewsProfessora Paizinha e Professora Cery
Inconformada com a anulação do processo eleitoral, a educadora informou que irá procurar advogado e colocar a causa nas mãos da justiça, uma vez que muitas irregularidades permearam a Chapa opositora.
“Eu quero dizer que houve sim muita irregularidade, mas por parte da outra Chapa. Houve compra de votos, onde eu tenho aqui gravado depoimento de alunos dizendo que foi dado dinheiro pelo próprio marido dela na compra de votos na frente da escola; Algumas mães que foram trazidas por ele receberam dinheiro e todos esses eu tenho gravado”, externou Paizinha.
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