Ao falar de eleição da OAB em Floriano, presidente de subseção chama Conselho de "oportunista"

03/10/2017 14h10

Fonte Pautajudicial.com

A presidente da seccional da ordem dos advogados do Piauí, seccional de Floriano, Izabel Carvalho fez duras críticas ao Conselho da OAB/PI, depois que, por unanimidade decidiu anular o voto do advogado Marcos Ferreira Lima no pleito da última eleição da seccional naquele município.

Izabel Carvalho disse ao Pauta Judicial que se sente no dever de informar aos colegas advogados que ingressaram nos quadros da OAB Piauí, Subseção Floriano após as eleições de 2015, acerca dos acontecimentos. "O histórico das eleições em Floriano sempre foi de eleições extremamente disputadas e neste último pleito não foi diferente", lembrou a presidente.


Segunda Izabel, a chapa OAB Forte capitaneada por ela, acabou vencendo as eleições com a diferença de um voto. A partir daí o candidato adversário sabedor de que o empate lhe favoreceria, inicialmente, protocolou Recurso Eleitoral na esfera administrativa e em seguida judicializou o pleito.

Muito emocionada, a atual presidente informou que não vai aceitar a decisão de um conselho que atuou diretamente na eleição de seu adversário. “Pasmem colegas, a Diretoria e o Conselho eleitos com o apoio da Chapa do Dr. Astrobaldo, em primeiro ato ao assumir, destituiu a chapa legitimamente eleita através de uma intervenção, instrumento esquecido nos livros de direito e vivos apenas nas ditaduras”, desabafou.

A presidente Izabel Carvalho segue ás críticas à diretoria e o conselho da ordem. “De lá para cá vem sendo questionando o voto específico do Dr. Marcos Ferreira Lima, que foi um dos fundadores da nossa Subseção e vota em Floriano desde então. Quem participou das eleições para presidente sabe que a campanha do Dr. Astrobaldo foi atrelada à chapa da Diretoria e Conselho eleitos. Basta ver as fotos, materiais de campanha e matérias jornalísticas da época”, falou.

Carvalho disse que a diretoria e conselho da OAB/PI fizeram um julgamento político e não baseado na as provas dos autos. “Fomos julgados pela diretoria e conselho estadual que apoiou e foram apoiados pelo Dr. Astrobaldo, que segue no firme propósito de destituir a Diretoria eleita, e dar posse a seu aliado político derrotado. Na sessão de ontem a diretoria e o conselho estadual desrespeitando os advogados da Subseção de Floriano e a despeito das provas contidas nos autos anulou "um voto", tendo em vista que o voto é secreto e não há como se identificar o voto do Dr. Marcos Ferreira Lima, para oportunamente dar posse a chapa do Dr. Astrobaldo, sua aliada nas últimas eleições”, retrucou a presidente.

ADVOGADO ASTROBALDO FERREIRA COSTA:

Já o autor da denuncia de suposta fraude nas eleições da seccional de Floriano, advogado Astrobaldo Ferreira Costa disse em vídeo gravado para o Pauta Judicial que o voto do advogado Marcos Ferreira Lima é ilegal. “Ele não é eleitor de Floriano, por essa razão solicitamos que o voto dele seja anulado e foi isso que o conselho decidiu”, assegurou Astrobaldo.

Para o segundo colocado no pleito nas eleições da seccional de Floriano, o conselho da ordem não agiu politicamente. "Muito pelo contrário, o conselho da AOAB/PI, decidiu baseado em provas que rechearam o processo que culminou com a anulação do voto do advogado Marcos Lima”, sustentou Astrobaldo.

ADVOGADO MARCOS FERREIRA LIMA QUER PROVA QUE ELE REQUEREU TRANSFERÊNCIA

O Pauta Judicial que busca fazer um jornalismo dentro dos padrões da lei, conversou com o advogado Marcos Ferreira Lima, que assegurou ser eleitor de Floriano e que nunca mudou seu domicilio para Teresina.

Marcos disse que viu com muita estranheza o julgamento do conselho da OAB/PI. “Eu agora exijo que a OAB/PI me mande um requerimento, um oficio ou qualquer outra prova em que eu tenha requerido a mudança de meu domicilio para a capital”, reagiu o advogado.

“Eu tenho escritório em Teresina e outro em Floriano e se me transferiram para Teresina, foi sem minha autorização. Quero agora as provas que eu pedi transferência de Floriano. Na urna da votação em separada, tiveram três votos, todos os três para a presidente eleita. Por que só o meu é que tem que ser anulado?” questionou Marcos Ferreira.

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