Delegado contesta versão de legítima defesa no assassinato de Edson Piauí

13/11/2014 11h44


Fonte G1 PI

Imagem: FlorianoNewsEdson Piauí, em entrevista a reportagem do Portal FlorianoNews na noite desta sexta-feira, 31 de outubro.(Imagem:FlorianoNews)Edson Piauí

A investigação do assassinato do jogador Edson Piauí e do seu irmão, o policial militar Eurival Araújo já está concluída. O crime aconteceu na madrugada do dia 1º deste mês em Floriano. Segundo o delegado do 2º Distrito Policial da cidade, Walter Júnior, a atuação da polícia se concentra agora apenas nas buscas para localizar o suspeito. Para ele, já existem provas suficientes que incriminam o homem apontado como sendo o autor do crime. O delegado contesta a versão de que o suspeito teria agido em legítima defesa.

“Todas as perícias já foram realizadas e a polícia já tem provas suficientes para comprovar o duplo homicídio”, disse o delegado. Segundo Walter Júnior, quinze pessoas foram ouvidas durante as investigações. Ele confirmou que o crime ocorreu após uma discussão banal iniciada em uma churrascaria da cidade. “Foram discussões verbais por parte de duas pessoas que estavam alcoolizadas, uma banalidade. O desentendimento pelo pagamento da conta foi apenas uma dessas discussões banais, que não era para ter passado de, no máximo, uma agressão física”,
disse o delegado.

Walter Júnior contestou a versão de que o suspeito teria agido em legítima defesa após ter sido ameaçado com uma arma pelo irmão de Edson Piauí. “A meu ver não cabe a legítima defesa porque não tem nenhuma prova nos autos de que o irmão do Edson estava armado. O meu entendimento é que não houve legítima defesa”, afirmou o delegado. Ele conta que durante a discussão várias pessoas tentavam conter Edson Piauí e acalmar os ânimos, o que não justificaria a necessidade do suspeito disparar contra os dois irmãos.

O delegado ainda descreveu os passos do assassino após ter disparado contra a dupla. “No dia posterior ao crime ele ficou numa cidade próxima a Floriano ingerindo bebida alcoólica, demonstrando a sua frieza”, disse preferindo não citar o nome da cidade. A prisão preventiva do acusado foi expedida por volta das 10h da segunda-feira (3), dois dias após o crime. Edson Piauí morreu no local e seu irmão, que era policial militar e estava sem a farda, chegou a ser socorrido, mas morreu no dia seguinte após passar por uma cirurgia.

Já o advogado Marlon Brito, que defende o suspeito, disse que vai aguardar a apresentação dos resultados do inquérito para definir o posicionamento da defesa. No entanto, ele adianta que seu cliente teria agido para se defender e afirma que as testemunhas ouvidas disseram que ele foi agredido pelos irmãos. “Todas as testemunhas foram claras ao dizer que as agressões se deram depois. Ele [Edson] saiu e disse que voltaria para acertar as contas, foi buscar o irmão e quando chegaram agrediram tanto o meu cliente como a mulher dele”, falou o advogado.

Marlon disse ainda que algumas testemunhas relataram que o irmão de Edson Piauí teria ameaçado sacar uma arma, contrariando a versão do delegado, que afirma não ter provas nos autos de que Eurival estaria armado. O advogado afirma que quando estiver com o resultado do inquérito concluído em mãos, deverá preparar a apresentação do seu cliente.

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