Floriano:Obras inacabadas e muita promessa

29/03/2011 09h37

Após um ano de inauguração da Unidade de Terapia Intensiva de Floriano os pacientes que dela precisam ainda são enviados para Teresina. Servidores do Hospital Tibério Nunes realizaram um protesto simbólico em comemoração ao primeiro ano de inauguração da UTI; a festa estaria completa se a tão falada obra já estivesse em pleno funcionamento.

A UTI foi inaugurada às vésperas do período eleitoral de 2010 e serviu como palanque para diversos candidatos como: Reijane Dias, eleita Deputada Estadual, e Assis Carvalho, Deputado Federal. Por falta de atendimento em Floriano, é comum ver ambulâncias do HTN se deslocando constantemente para a capital em busca de tratamentos de alta complexidade.
A obra custou 2 milhões e dispõe de equipamentos sofisticados. Segundo a direção do Hospital, a falta de pessoal capacitado é o maior empecilho para o início das atividades.

FARMÁCIA POPULAR


Outra obra que foi inaugurada e ainda não funciona é a farmácia popular. Desde o final de 2010 o Governo anuncia a sua inauguração. A parceria da Sesapi nesse Programa de Farmácia Popular é com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que já enviou até os medicamentos para a unidade de Floriano.

RODOVIÁRIA

O “novo” terminal rodoviária de Floriano está praticamente concluído a cerca de 3 anos, no entanto a população da cidade ainda não pode usufruir dessa obra que custou 3,5 milhões aos cofres públicos. A rodoviária, que seria inaugurada em 2008, foi planejada para ser uma das mais estruturadas do estado, mas até agora nada.

AEROPORTO

Outra promessa é a reforma e ampliação do aeroporto de Floriano. Iniciada em 2007 a reforma custou 1,7 milhões aos cofres públicos e os aviões comerciais ainda precisam pousar na cidade de Jerumenha, há 66 km de distância. O prazo para inaguração era de 5 meses, lá se vão quase 5 anos.

CONJUNTO HABITACIONAL GABRIEL KALUME

O conjunto habitacional teria 280 casas e beneficiaria mais de 1000 pessoas. Andando pelo local é possível ver um cenário desolador: Famílias moram de forma irregular e centenas de casas estão abandonadas. Bem perto do conjunto está o centro de zoonozes, local que abriga animais doentes para posterior abate.

O Ministério Público Federal já abriu Inquérito Civil por meio do qual apura os motivos da paralisação e a origem dos recursos para a construção dessas unidades habitacionais.




MATADOURO


A obra foi inaugurada em julho de 2010, dentro da programação de aniversário da cidade. Após quase um ano o matadouro municipal ainda não funciona. O Ministério Público Federal também instaurou inquérito para apuração de irregularidades no repasse feito pelo Ministério da Agricultura à Prefeitura Municipal de Floriano.

USINA DE LEITE


O Ministério da Integração Regional liberou recursos na ordem de R$ 975 mil para a compra das máquinas da usina e um caminhão. O total do investimento deveria receber uma contrapartida da Prefeitura de aproximadamente R$ 50 mil.

No mesmo ano, as máquinas da usina e o caminhão foram adquiridos e desembarcaram em Floriano. Na oportunidade várias autoridades celebraram como sendo uma importante fonte de emprego.

Passados quase 4 anos, as máquinas da usina de leite continuam encaixotadas no galpão de uma instituição pública. O caminhão, também parado, no estacionamento em outra instituição.

HEMOCENTRO


Há um ano paralisada, a reforma do prédio do HEMOCENTRO de Floriano compromete uma atividade que pode salvar a vida de muitas pessoas: A doação de sangue.

A obra, planejada para ser concluída em 180 dias, foi orçada em R$ 254.760,0. Desde então a coleta de sangue está suspensa e o centro deixa de arrecadar mais de 250 bolsas de sangue por mês.

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