Nasce primeira bezerra produto de transferência de embriões do Colégio Técnico de Floriano
28/11/2018 14h20Fonte UFPI
A fazenda experimental do Colégio Técnico de Floriano (CTF) agora é lar da primeira bezerra reproduzida através da técnica de transferência de embriões. Nascida no mês de novembro, foi nomeada de “Felicidade”.A técnica de melhoramento genético não é nova no mercado bovino. Porém, pela primeira vez está sendo usada na fazenda do CTF, que já trabalha desde 2012 com uma técnica anterior: a de inseminação artificial.
Imagem: UFPIBezerra "Felicidade"
Na fazenda-escola a inseminação artificial é realizada com semên sexado, que permite ao criador escolher o sexo da cria antes de aplicar a inseminação artificial. No caso do Colégio Técnico são criadas apenas vacas, não há touros no rebanho. A técnica ainda permite quase 50% de melhoramento genético, pois os sêmens usados nas inseminações são de touros selecionados e de alto valor genético.
Agora, em 2018, a fazenda passa a trabalhar também com transferência de embriões e visa melhorar ainda mais a qualidade de seus animais, tanto por parte do material genético do touro-pai quanto da vaca-mãe, pois atua com óvulos de vaca de desempenho superior. A transferência de embriões para barrigas de aluguel torna possível otimizar o tempo de gestação no rebanho.
O professor do CTF e médico veterinário, Prof. Dr. João Mendes, disse que consegue multiplicar a genética animal num curto período de tempo. “Vamos dizer que na melhor das hipóteses, aquela vaca conseguiria ao longo da vida dela me dar 10 bezerros se ela produzisse 1 por ano. Pela transferência de embrião, eu consigo 10 num único ano. Ou até mais a partir de 1 coleta de embriões”, explica.
Imagem: UFPIProf. João Mendes, coordenador do GERA
A prática de inseminação de animais na fazenda-escola do Colégio Técnico de Floriano é parte do Grupo de Estudos em Reprodução Animal (GERA), coordenado pelo Prof. João Mendes juntamente com os alunos do Curso Técnico em Agropecuária. No projeto os próprios estudantes são preparados para realizar as transferências de embriões nos animais.
“O importante para nós é que estamos aprendendo algo a mais, sair só da teoria. E o GERA proporciona aprendermos de uma forma simples. E vai contribuir bastante para quando a gente chegar no superior, já estarmos bem mais avançados que os outros colegas de turma”, declara Marlon Breno, aluno do segundo ano do curso técnico em Agropecuária.
O Grupo de Estudos em Reprodução Animal também cria uma ponte entre a academia e o mercado de trabalho, abrindo as portas da fazenda-experimental para criadores da região e de municípios distantes, para que conheçam o que está sendo feito, disponibilizando a tecnologia de melhoramento genético bovino.
“Nós nos tornamos uma vitrine. O fazendeiro vem aqui, vê o que estamos produzindo, vê a qualidade dos nossos alunos e leva-os para estagiar nas suas fazendas, com a possibilidade de serem contratados quando se formarem. Isso é um trabalho importantíssimo porque estreita a relação entre o produtor e nós aqui da academia”, destaca o coordenador do gera, prof. João mendes.
Imagem: UFPI
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