Neurocirurgia em Floriano reduziu 50% das transferências para Teresina
20/02/2018 14h45Fonte Sesapi
Levar serviços de alta complexidade para mais piauienses já é uma realidade que o Governo do Estado comemora também no sul do Piauí. Há um ano, a Secretaria de Estado da Saúde implantava o serviço de Neurocirurgia no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, tornando essa região em uma referência em saúde da alta qualidade, comparável a grandes centros hospitalares.A oferta do serviço no interior do Estado reduziu cerca de 50% das transferências desta área para a capital, já que atende urgência e emergência, com plantonistas especializados 24 horas. Em um ano foram 1439 pareceres, 276 cirurgias, 1164 atendimentos ambulatoriais neurológicos, 575 internações (sendo 551 adultos e 24 pediátricas) e acompanhamento de 140 pacientes na UTI adulto e 10 na UTI neonatal.
"A neurocirurgia era um dos grandes problemas para a região sul do Estado, devido ao número crescente de acidentes, principalmente de motocicletas, o que gerava um número significativo de transferências dos hospitais regionais para o HUT. Em um ano percebemos o grande impacto da implantação do serviço em Floriano, com a redução significativa nas transferências de pacientes para a capital”, comenta Florentino Neto, secretário de Estado da Saúde.
Imagem: Sesapi
Para implantação da neurocirurgia, a Secretaria de Estado da Saúde dotou o Hospital com o Centro de Diagnóstico por Imagem, com a oferta de exames de Tomografia Computadorizada. A realização desse procedimento impulsionou a instalação do serviço, o primeiro no centro-sul do Piauí a ofertar o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital conta ainda com 10 leitos de Terapia Intensiva (UTI) adulta.
Assistência comparada aos grandes centros
O neurocirurgião Cleciton Braga, que integra a equipe do Tibério Nunes e também do HUT, afirma que a assistência dada na unidade do interior do Estado se equipara a de Teresina, como o Hospital de Urgência. “A neurocirurgia de Floriano faz todos os procedimentos cirúrgicos que o HUT faz. Em termos de cirurgias de traumas, qualquer uma é operada em Floriano, igual como seria no HUT. Material cirúrgico já tem na mesma quantidade e na mesma qualidade que tem no HUT”, afirma.
Ele relata que, na implantação, havia grande resistência por ser um serviço no interior. “No começo, a gente sofria muito isso. Eu mesmo operei uma sobrinha de uma técnica de enfermagem, que ela não queria que a gente operasse lá. Ela queria vir pra Teresina, isso lá no começo. Eu disse pra ela, se ela fosse pra Teresina, no dia seguinte ela ia me ver lá. Garanti pra ela que insumos e material humano são os mesmos, em Floriano e em Teresina”. O Tibério Nunes conta com 14 neurocirurgiões que atuam também no HUT.
Passada a resistência inicial, com os resultados da resolutividade do serviço refletiram no crescimento dos atendimentos, já que a segurança e qualidade foram sentidas pelos pacientes e familiares. Daniela Alves acompanhava sua irmã, Cleonísia Alves, vítima de acidente de trânsito entre Marcos Parente e Landri Sales, reconhece “que ela foi muito bem atendida. Sem falar que encurtou a distância. Se ela tivesse que ser transferida para Teresina, talvez ela nem chegasse viva”, conta.
O tempo na assistência, como citado pela Daniela, é outro grande diferencial, como explica o neurocirurgião Cleciton. “Alguns hematomas, se você operá-lo dentro de quatro a seis horas depois do trauma inicial, você consegue uma sobrevida ou uma qualidade de vida muito maior. Encurtar duas horas na assistência vai melhorar e muito a probabilidade dele sobreviver ou ficar sem sequelas”.
Evento comemorativo de um ano de implantação da Neurocirurgia no Hospital Regional Tibério Nunes - Floriano
Data: 20 de fevereiro
Horário: 17h
Local: Centro de Diagnóstico por Imagem - Hospital
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