PARFOR/UESPI realiza curso de Tecnologias Assistivas em Floriano

16/05/2015 10h25

O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica da Universidade Estadual do Piauí – PARFOR/UESPI realizou na noite da última sexta-feira (15), no Campus Dra. Josefina Demes, em Floriano, um curso para professores da Educação Básica com o objetivo de ajudá-los a melhorar o ensino para estudantes com deficiência visual.

O evento, que tem continuidade neste sábado (16), tem como tema “Tecnologias Assistivas: um caminho para a inclusão”, e é ministrado pela Profa. Msc. Rogéria Rodrigues, Pedagoga e Mestre em Educação.


De acordo com a professora, que é deficiente visual, o curso busca orientar os professores a trabalhar com pessoas com deficiência visual na sala de aula, onde vão aprender a utilizar as chamadas tecnologias assistivas, como a audiodescrição, o audiolivro e o livro digital para ajudar no processo de ensino-aprendizagem.

Durante as 20 horas de curso os professores vão aprender como utilizar essas e outras tecnologias na prática, com a realização de atividades, sistema braile (uma das tecnologias mais antigas na escolarização de cegos) e com programas sintetizadores de voz, que podem ser instalados em qualquer computador, além uma sessão de cinema com vendas nos olhos, para que as pessoas sintam um pouco o que é não ver.


Com a melhor orientação dos professores, Rogéria acredita que o aluno com deficiência visual deixará de ser visto como um problema em sala de aula. Para ela, o curso vai mostrar que, com as técnicas adequadas, as capacidades desses alunos podem ser exploradas assim como as dos estudantes demais estudantes.

“Pra gente incluir temos que ter disposição, disponibilidade, respeito, entender que todo mundo tem limites, mas também tem potencialidades e partimos da consciência que todos tem compromisso para a inclusão, não é só a pessoa com necessidade especial, mas todos que vive no contexto social, na sociedade, tem esse compromisso. A inclusão é uma via de mão dupla, pessoas com deficiência, pessoas sem deficiência e sociedade proporcionando inclusão desse sujeito”, disse Roge?ria Rodrigues.

O encontro com a coordenadora causa o primeiro impacto positivo: Rogéria é a primeira cega a concluir um mestrado no Piauí e leva a aula com a desenvoltura peculiar aos bons mestres.




*Com informações da UESPI

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