Presidente do SINTE/Regional, Léa Almeida, anuncia greve por tempo indeterminado na rede estadual
20/02/2025 19h20
Imagem: Divulgação
Trabalhadores da Educação no Piauí entram em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (24).
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Em entrevista ao Portal FlorianoNews nesta quinta-feira (20), a presidente do SINTE/Regional Floriano, professora Léa Almeida, falou sobre a decisão da rede estadual de educação de entrar em greve por tempo indeterminado, aprovada em assembleia geral realizada na última quarta-feira (19) em Teresina.
A greve, marcada para iniciar na próxima segunda-feira (24), foi motivada pela falta de diálogo entre o governo e o sindicato. "O governo não cumpriu o compromisso de conversar com o sindicato e resolver as questões relacionadas ao reajuste salarial. Houve apenas um complemento previsto para maio, mas sem uma reunião frente a frente, decidimos iniciar a greve", afirmou Léa.
De acordo com a presidente, a assembleia contou com mais de 600 participantes, representando 26 das 27 regionais de ensino do estado. O apoio dos alunos e seus responsáveis foi destacado como essencial para o sucesso da mobilização. "Os estudantes estão percebendo a insatisfação dos professores e entendem que precisamos de um ambiente de trabalho saudável para oferecer uma educação de qualidade", explicou.
Reivindicações e situação atual
Entre as principais demandas da categoria está a implementação do plano de cargos e salários, entregue ao governo em agosto de 2024, mas até agora sem resposta. "Há mais de três anos que os professores da ativa não têm reajuste e os aposentados estão sem aumento há mais de cinco anos. Apenas recebemos complementos, o que não resolve nossa situação", declarou Léa.
O reajuste salarial pleiteado é de 6,27% para os professores e 5,35% para as demais categorias da rede estadual, valores que, segundo o SINTE, não vêm sendo aplicados corretamente pelo governo.
Mobilizações
A agenda de luta inclui manifestações em frente à SEDUC e ações de mobilização nas escolas de todo o Piauí. Paulina Almeida, presidente do SINTE-PI, reforçou o caráter histórico da greve e a necessidade de união da categoria para enfrentar possíveis tentativas de desqualificação do movimento por parte do governo.
A greve será mantida até que o governo atenda às reivindicações e estabeleça um diálogo claro com os trabalhadores da educação.