Reintegração de posse em terreno na zona rural gera confusão
27/09/2015 08h37Uma ação de reintegração de posse de um terreno situado na zona rural de Floriano terminou em confusão, no final da manhã da última sexta-feira (25).
De acordo com os moradores da área, agentes da justiça e policiais surpreenderam os residentes, que afirmam ter a documentação da terra, para derrubar três moradias.
Para a Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Enedina Pereira, antes de tentar destruir as residências é preciso haver uma conversa com os moradores.
“Se vai tirar as pessoas da moradia, por que não faz uma ordem de despejo, não faz uma averiguação, não faz uma audiência, não chama todo mundo pra fazer essa audiência?”, questionou.
Imagem: FlorianoNews
Ainda segundo Enedina, o solicitante da reintegração das terras sequer sabe as medidas exatas do terreno que ele julga ser de sua propriedade.
“Esse homem que fez essa denúncia, que está pedindo essa ordem de despejo, nem ele sabe o limite da terra dele, porque já terminou derrubando a cerca de outras pessoas”, disse.
Conforme o morador Valdo de Sousa, as três casas da área de conflito de terra seriam derrubadas com todos os pertences dos moradores e o fato só não se concretizou porque os vizinhos solicitaram o aguardo da dona de uma das residências.
“Não derrubaram a casa porque nós pedimos para parar, para não derrubar enquanto a dona não chegasse para dar o documento”, explicou.
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Já a residente Aldecira ressaltou que os fiscais agiram de forma desrespeitosa e absurda, ao tentar derrubar a residência situada nas terras de sua família.
"A justiça está querendo derrubar a casa, mas esse terreno é da minha mãe, agente tem até o documento. Já foi derrubada uma vez, agora querem derrubar de novo, e tem documento das terras”, declarou.
Outra moradora, Lúcia Cordeiro, também afirmou ter a posse legal de outra residência em questão.
“Essa casa que vieram para derrubar tem documento. Eu tenho o documento dessas terras. Então tem que ver primeiro, antes de começar a agir, primeiro observar o que estão fazendo. Não agir assim não”, afirmou Lúcia Cordeiro.
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Durante a discussão o proprietário dos terrenos que abrangem duas das residências chegou com os documentos comprobatórios de duas das residências já condenadas a serem derrubadas.
“O dono da terra agora chegou e mostrou o limite dele e evitou que mais duas famílias perdessem as casas. Está tudo em paz, agora a justiça vai ser feita do jeito que está no papel, do jeito que é para ser feito. Tem um senhor de idade que vai perder a casa e isso aí a gente vai procurar os direitos dele”, falou novamente Enedina.
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Para evitar problemas da mesma natureza, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais falou das atitudes que podem ser tomada no ato da compra de um terreno.
“Que demarque, que bote uma identificação na terra, que faça uma numeração identificada para evitar que a justiça até faça uma coisa errada, porque o rapaz que está aqui, o senhor da justiça não sabe o limite, o dono não está aqui para dizer.Graças a Deus (o proprietário) chegou em boa hora evitou maiores danos”.
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