Setor da construção civil permanece em baixa em Floriano

30/07/2013 08h05

A construção civil é um dos setores mais relevantes da economia brasileira, com aproximadamente 200 mil empresas atuantes no mercado. Nos últimos três anos a área passou por uma fase de grande crescimento. Um dos fatores para este nível de crescimento foram os programas habitacionais sempre crescentes do governo e os grandes eventos, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de Futebol.

De acordo com dados do SEBRAE, as atividades da construção civil representam 73,45% do macrossetor, seguido da indústria associada à construção (20,34%) e dos serviços associados à construção (6,21%). Os elos que formam a cadeia também são responsáveis por empregar 6,2milhões de trabalhadores, o que representa 9,3% do total no país.

Entretanto, depois de um crescimento acelerado, a construção civil no país, especialmente em alguns estados, praticamente parou.

Segundo o Presidente do Sindicato da Construção Civil de Floriano, José Ribamar Alves (Zé de Tila), no município a construção civil continua em baixa.

Na cidade de Floriano nenhuma empresa possui mais de 50 trabalhadores na construção civil. A única empresa que possui tal número de operários está realizando quatro grandes obras no município e realiza rodízios com seus trabalhadores, que por medo de ficarem desempregados aceitam fazer esse rodízio.


Na tentativa de atenuar o problema, o Sindicato da Construção Civil de Floriano, somente em 2013 já solicitou ao Ministério do Trabalho a fiscalização em 22 obras no município, mas de acordo com Zé de Tila, a desculpa do órgão é que não há dinheiro, nem transporte, por isso os fiscais não realizam a fiscalização.

“É uma vergonha uma cidade como Floriano não ter um fiscal do trabalho”, disse indignado.

Ainda segundo o Presidente do Sindicato da Construção Civil de Floriano, existem operários trabalhando no turno da noite, sem receber o adicional noturno, além de operários que trabalham sem recursos mínimos de segurança.

Mas nem tudo são más noticias. Apesar de desaceleração nas agendas, os setores da construção civil ainda estão contratando. Estão previstas para Floriano cerca de 1.200 vagas na área da construção civil para os próximos meses.

A assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura de Floriano e as construtoras que estavam com problemas em algumas construções possibilitou a retomada de construções iniciadas, como também o desembargo de novos empreendimentos imobiliários na cidade.

“Eu acredito que daqui para o mês de agosto essas construções retornem e as empresas chamem os trabalhadores para começar a trabalhar”, disse.

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