SIMEPI constata precarização em fiscalização no hospital de Floriano
22/09/2018 07h47Fonte SIMEPI
A diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) fez uma vistoria no Hospital Regional Tibério Nunes, na cidade de Floriano, e constatou o que considerou como “precariedade da saúde pública no município”. Falta de macas e cadeiras de rodas para o atendimento realizado pelo SAMU e superlotação, com corredores ocupados por pacientes, são algumas denúncias do Sindicato.O Simepi afirma também que existem repousos médicos masculinos e femininos sem adequações devidas, sala de tomografia com equipamento quebrado, mas com um novo comprado, porém não instalado. Além disso, diz que o hospital realiza tomografias em unidades privadas e há atrasos salariais e acordos não cumpridos.
"A população precisa de condições dignas de um bom atendimento aqui em Floriano, assim como todos os profissionais de saúde de estrutura para prestar o seu serviço. Essa paralisação é apenas para alertar os gestores sobre a realidade, muito diferente do que vem sendo divulgado", conclui Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.
Imagem: Simepi
Segundo o Sindicato, médicos servidores públicos do município realizaram uma paralisação de advertência nesta quinta e sexta-feira, 20 e 21, no Hospital, fruto de uma deliberação de Assembleia Geral da categoria realizada no último dia 14. O SIMEPI afirma que foram mantidos os atendimentos de classificação Vermelha, Laranja e Amarela durante o movimento.
Contudo, ao Cidadeverde.com, a assessoria do Hospital informou que não houve paralisação, porque “os médicos negociaram com o governo e acataram a proposta de pagamento dos atrasados. Estão atrasados os meses de julho e agosto, mas já estão sendo pagos”. Segundo a assessoria, não houve paralisação com diferenciação de classificação de risco. “Todos os pacientes estão sendo atendidos e os plantões obedecidos normalmente”.
Sobre a superlotação, a assessoria informou que o Hospital atendia cerca de 8 a 9 mil pacientes de 150 municípios e de cidades do Maranhão por mês e que agora está atendendo de 12 a 13 mil, portanto está havendo uma superlotação, mas porque o Tibério Nunes tem uma alta resolutividade. “Há um projeto de ampliação do hospital para que tenha mais leitos, mas está dependendo de análise da Caixa Econômica para que os recursos de emenda do deputado federal Assis Carvalho (PT) possam ser liberados”, acrescentou a assessoria.
Os repousos dos profissionais, segundo a Ascom, já está passando por reforma e adequações com colocação de novos colchões, camas e climatização.
Imagem: SIMEPI
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