Sinte-PI realiza manifestação na Câmara Municipal de Floriano para discutir greve da educação
11/03/2025 14h50
Imagem: FlorianoNews
Sinte-PI realiza manifestação na Câmara Municipal de Floriano para discutir greve da educação.

Nessa segunda-feira (10), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) – Regional Floriano – promoveu uma manifestação na Câmara Municipal. O ato teve como principal objetivo debater a greve da categoria, os avanços conquistados nas negociações e outras pautas fundamentais para os servidores da educação estadual.
Entre as reivindicações, a categoria cobra a valorização profissional por meio do pagamento do reajuste salarial de 6,27% de forma linear e na carreira, retroativo a janeiro. Além disso, os trabalhadores lutam pela reestruturação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), buscando melhorias nas condições de trabalho e remuneração para professores e demais funcionários da educação, sejam eles ativos ou aposentados.
A presidente do Sinte-PI/Regional Floriano, professora Léa Almeida, falou ao Portal FlorianoNews sobre a mobilização e os próximos passos da negociação. Segundo ela, uma delegação de 15 pessoas da região seguirá para Teresina nesta quarta-feira (12) para participar de uma assembleia geral no Clube do Sinte, às 8h30, onde será avaliada a proposta do governo apresentada ao sindicato.
“Estivemos conversando com os participantes do nosso movimento e estamos levando a posição da região de Floriano para Teresina. O governo apresentou algumas propostas, houve pequenos avanços, mas ainda temos muito a discutir. O Plano de Cargos e Salários, por exemplo, deve ser trabalhado ao longo dos próximos seis meses. Estamos mobilizando, dialogando com nossos colegas, porque a decisão será tomada em assembleia”, destacou a professora.
No entanto, Léa Almeida apontou que a adesão ao movimento grevista na cidade tem sido menor em comparação a anos anteriores, principalmente devido ao grande número de professores contratados na rede estadual, enquanto os efetivos representam uma parcela menor.
“O Piauí inteiro está assim, muito dividido. Se o efetivo não está dando aula, quem está dando aula é o contratado. Além disso, há a questão do programa Pé de Meia, que pode impactar a frequência dos alunos, gerando incertezas. Nós temos escolas em que até a gestão não quer que o sindicato entre para dialogar”, relatou.
A professora reforçou a importância do apoio da comunidade escolar na luta pela valorização da educação pública. “Pedimos o apoio dos pais e dos alunos, porque nossa luta não é contra eles, mas por uma educação de qualidade. Queremos que todos tenham orgulho de dizer eu sou da Escola Pública da Rede Estadual e que reconheçam o trabalho dos professores”, concluiu.
A assembleia geral do Sinte-PI em Teresina será decisiva para definir os próximos passos do movimento grevista e as negociações com o governo do estado.
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