UFPI extingue PSIU e adere intergralmente ao ENEM
16/03/2011 18h10Fonte 180 GRAUS
Em coletiva na tarde de hoje (16) o Reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Luiz de Sousa Santos Júnior, anunciou oficialmente à sociedade piauiense o fim do processo seletivo seriado, o conhecido PSIU e a adesão do SiSU como forma de ingresso a instituição.A universidade, que já disponibilizava 50% das vagas para o novo ENEM desde 2009, agora adere o sistema integralmente. A proposta, após uma votação realizada pelo Conselho Universitário, foi acolhida em uma reunião na manhã de terça-feira (15).
Imagem: 180 grausReitos da UFPI
Segundo o Reitor, Luiz de Sousa, o PSIU já não estava mais atingindo seu objetivo. “Menos da metade dos estudantes que realizava a 1ª etapa do PSIU chegava a concluir a 3ª etapa”, revela. O reitor explica ainda que o Conselho Universitário chegou à conclusão que o PSIU já não servia mais como um meio eficiente para a seleção de estudantes.
O PSIU era um processo que selecionava os alunos por meio de três etapas, cada uma delas feita durante todo o ensino médio, isso exigia portanto uma preparação precoce por parte dos estudantes. Com o surgimento do novo Enem, os vestibulandos se deparam com um novo perfil de vestibular. Com questões extensas, o novo Enem exigia dos candidatos um conhecimento contextualizado.
Para o Reitor Luiz de Souza o surgimento do Novo Enem como processo de ingresso a universidade causa uma sobrecarga nos estudantes piauienses que estudavam tanto para as três etapas do PSIU como para o novo perfil de prova implantado. Ele vê ainda na adesão integral do SiSU uma forma de aliviar o estudante que se deparava com duas realidades diferentes de vestibular.
O PSIU exigia do aluno ainda um conhecimento regional, para responder as questões referentes a história e geografia do Piauí. Durante a coletiva, o reitor explicou que a adesão ao SiSU não impossibilita que o professor em sala de aula trabalhe os conteúdos regionais não descartando portanto a possibilidade da prova conter conteúdo local, já que a prova se refere ao país e suas regiões. “O processo quer possibilitar um conhecimento geral”.
O reitor adianta que a universidade irá incentivar que os professores participem do banco de dados da prova, ou seja, que eles possam também enviar questões e participar da elaboração do processo seletivo.
Para o Conselho Universitário, mesmo com alguns escândalos, a credibilidade do ENEM e do SiSU não foram abaladas. O Reitor da UFPI, afirma que os possíveis problemas que surgiram nos outros anos estão sendo trabalhados para que não se repita. “Por ser um modelo ainda experimental é normal alguns problemas em relação ao acesso dos alunos no site, isso vai ser melhorado”.
Somente após dois anos do surgimento do novo Enem a UFPI adere o sistema unificado de ingresso a universidade. Entretanto a instituição foi uma das primeiras a aprovar o novo Enem e que era aplicado para 50% das vagas. O reitor explica que a adesão tardia se deu em virtude do processo seletivo seriado que ainda estava em vigor. “No primeiro ano não disponibilizamos 100% das vagas para o novo Enem pois, ainda tínhamos o vestibular seriado e um compromisso com a sociedade piauiense. Com o encerramento das etapas no ano passado voltamos a discutir a questão e aderir ao SiSU”.
A adesão integral ao SiSU representa para a universidade não só a democratização do acesso a instituição como uma economia aos cofres da UFPI. A COPESE, comissão permanente de seleção, que continuará existindo mesmo sem o PSIU, possuía gastos com o vestibular, entre eles a contratação de fiscais e o uso do serviço dos correios. O reitor Luiz de Sousa revela não ter noção do quanto será economizado, mais afirma que essa economia refletirá em mais recursos para os alunos e a instituição.
A UFPI irá realizar o Enem no padrão do que já era realizado, por isso o cronograma das provas seguirá o que for divulgado pelo MEC para o processo seletivo. Atualmente 5.736 vagas são oferecidas pela instituição anualmente, que neste ano serão disputadas em sua totalidade pelo SiSU, totalizando mais de 20 mil alunos matriculados em graduação. O Reitor estuda o aumento dessa capacidade e a disponibilização de mais vagas por meio de seleção. “Queremos com a adesão ao SiSU democratizar e otimizar o ensino e o acesso a educação”.
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