Após tratamento, garoto indonésio de 2 anos para de fumar

03/09/2010 08h37


Fonte G1

Imagem: BarcroftAldi SugandaRizal, de 2 anos, é visto fumando cigarro enquanto brinca com parentes em 23 de maio, em Sekayu, distrito de Sumatra, na Indonésia (Imagem:Barcroft)Aldi SugandaRizal, de 2 anos, é visto fumando cigarro enquanto brinca com parentes em 23 de maio, em Sekayu, distrito de Sumatra, na Indonésia

Aldi Rizal, o menino indonésio de 2 anos que, segundo sua família, fumava cerca de 40 cigarros por dia conseguiu parar de fumar, após um intenso tratamento médico, informou o centro pediátrico em que ele era tratado nesta quinta-feira (2).

Aldi Rizal chocou o mundo quando um vídeo em que aparecia fumando cigarros foi publicado na internet em maio e chamou a atenção para as falhas do país asiático em regular a indústria do tabaco.

“Ele deixou de fumar e o mais importante é que não pede mais cigarros”, disse o secretário-geral da Comissão Nacional de Proteção à Infância do país, Arist Merkeda Sirait.

Seis meses depois de seu pai lhe dar o primeiro cigarro, o garoto, acima do peso, estava fumando dois maços por dia e reagia com violência quando o vício não era satisfeito.

Acompanhado pela mãe, Aldil deixou a pequena vila em que vivia na ilha de Sumatra para se submeter ao tratamento na capital.

“Ele recebeu tratamento psicológico por um mês, tempo no qual os terapeutas o mantinham ocupado em atividades e o encorajavam a brincar com outros garotos da mesma idade”, disse Sirait. “Nós trocamos o passatempo dele de fumar por brincar.”

Em junho, a comissão já havia informado que a terapia havia feito Aldi baixar o consumo de 40 para 15 cigarros diários.

O caso do garoto chamou a atenção para os perigos das agressivas campanhas de marketing da indústria do tabaco voltada a mulheres e jovens em países em desenvolvimento como a Indonésia, onde a fiscalização é fraca e muitas pessoas desconhecem os males do cigarro.

O consumo de cigarro no arquipélago no sudeste da Ásia atingiu cerca de 47% da população nos anos 1990, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.