Artigo dos EUA diz que OlimpÃadas e Copa no RJ serão jogos mortais
12/05/2011 00h31Fonte G1
Imagem: InternetJornalista Wright Tompson, do site da ESPN, destaca que, perto de onde vão acontecer os jogos olímpicos e a Copa do Mundo, há comunidades que viraram zonas de guerra.
Sede da próxima Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016, o Rio de Janeiro sofreu um duro ataque na imprensa americana. A questão é a segurança na cidade para esses grandes eventos.
‘Jogos Mortais’ é o título do artigo publicado ontem (10) no site da rede americana ESPN. O texto assinado pelo jornalista Wright Tompson carrega nas tintas para pintar um quadro assustador do Rio. O americano destaca que, perto de onde vão acontecer os jogos olímpicos e a Copa do Mundo, há comunidades que viraram zonas de guerra.
E diz que as favelas cariocas são lugares de desespero desde o surgimento da primeira, em 1897. Segundo o texto, depois de ignorá-las por mais de um século, o governo agora tem menos de três anos para mudar a realidade nelas.
O governador do Rio, Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes não quiseram se pronunciar sobre a publicação da ESPN. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado informou que a situação do Morro dos Macacos não é a mesma descrita pela reportagem e que os projetos para área de segurança vêm ajudando a diminuir os índices de violência.
Desde dezembro de 2008, o Rio já conta com 16 Unidades de Polícia Pacificadora. No ano passado, em todo o estado, caiu quase 18% o número de homicídios dolosos e 29% os casos de roubo seguido de morte.
O artigo reconhece o efeito positivo das UPPs. Mas ressalta o medo de moradores de que a segurança acabe depois dos jogos olímpicos. Para o sociólogo Gláucio Soares, especialista em segurança pública, o artigo foi mal escrito e é tendencioso.
“Comportamento padrão quando um país que ainda não entrou na elite industrializada sedia um grande evento dizer que vai ser corrupto, mal organizado. Disseram isso do campeonato mundial no Chile, em 1962. Vai ser violento porque a sociedade é violenta. Caso da África do Sul, caso do México e agora caso do Brasil”.
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