Em BrasÃlia, Dias defende vinculação de receitas à cobertura do déficit da previdência
26/06/2019 14h48Fonte pi.gov.br
Imagem: Divulgação
O governador Wellington Dias e outros sete governadores do Nordeste participaram, nesta quarta-feira (26), em Brasília, de mais uma reunião do Fórum dos Governadores. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também esteve presente no encontro.
Entre as pautas discutidas, está a criação e organização do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste e a retomada da parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), para que profissionais estrangeiros voltassem a prestar serviços ao sistema de saúde nos estados nordestinos.
Os gestores estaduais também insistem para que estados e municípios sejam incluídos na Reforma da Previdência.
“Manifestamos interesse de diálogo até que seja apreciado o relatório da reforma na comissão e plenário. Neste aspecto, o ponto é que temos uma realidade na qual há necessidade de encontrar solução definitiva, pois não se resolve apenas com alíquota e tempo de contribuição. Precisamos de cobertura para o déficit da previdência”, disse Wellington Dias.
Segundo o governador do Piauí, os gestores concordaram que as receitas que estão sob apreciação da Câmara e do Senado, tais como cessão onerosa de gás e petróleo, fundo social e dívida ativa, sejam vinculadas à cobertura do déficit.
“Brasil não é só previdência, precisa seguir crescendo, gerando emprego e renda, fazendo a economia crescer, investindo em diferentes áreas. Essa proposta de cobertura do déficit proporcionaria condições aos estados, municípios e a própria União voltarem a ter capacidade de investimento. Temos uma preocupação com a sustentabilidade na democracia e no crescimento econômico e vamos aguardar os resultados”, esclareceu.
Rodrigo Maia acredita que possa haver um acordo a favor da proposta. Em ocasiões anteriores, o presidente da Câmara já havia informado que é possível reincluir estados e municípios na reforma ainda na comissão especial.
“A ideia é garantir uma votação forte da previdência somada à certeza de que atenderemos a federação como um todo e não apenas a reforma federal, pois sem a reforma em estados e municípios, em um curto prazo estaremos com novos e antigos problemas, já que a situação deles vai piorar. É importante que governadores e senadores cedam um pouco para que possamos avançar”, pontuou.
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