Filhos e enteados de Jucá são alvos de operação da PF contra desvios
28/09/2017 17h00Fonte Correio Braziliense
Imagem: Correio BrazilienseRomero Jucá, líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB.
Desvios de R$ 32 milhões dos cofres públicos são investigados pela Polícia Federal (PF) em uma operação em conjunto com a Receita Federal, que ocorre, nesta manhã de quinta-feira (28/9), em Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG) e em Brasília. Intitulada "Anel de Giges" a ação mira uma organização criminosa acusada também de peculato e lavagem de dinheiro. No total, são 17 mandados judiciais, sendo nove de busca a apreensão e oito de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à força para depor. Fillhos e enteados do líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR) estão entre os alvos.
São alvos de busca e apreensão e condução coercitiva os filhos de Romero Jucá, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá; os filhos da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, Luciana Surita da Motta Macedo, Ana Paula Surita Motta Macedo. Investigados ligados à CMT Engenharia, Hamilton José Pereira, Elmo Teodoro Ribeiro e Francisco José de Moura Filho, também foram alvo das ações de hoje.
O superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Roraima, Severino Ribas, foi alvo de uma condução coercitiva. A PF apura o envolvimento dele nos procedimentos internos do banco na fiscalização e liberação do empreendimento. A Caixa Econômica ainda não se posicionou sobre o assunto.
Segundo a Polícia Federal, a origem dos desvios é no superfaturamento na aquisição da “Fazenda Recreio”, localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite. São investigadas as transações decorrentes da venda da “Fazenda Recreio” para a construção do empreendimento Vila Jardim, bem como pela fiscalização e aprovação do empreendimento na Caixa Econômica Federal.
Investigação continua
Ao longo Os investigados estão sendo conduzidos coercitivamente à Polícia Federal, interrogados e indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa que preveem penas de até 30 anos de reclusão. "As investigações continuam, com análise do material apreendido e apuração do envolvimento de outros integrantes nas práticas criminosas", afirmou a PF em nota.
A operação, Anel de Giges, teve o nome inspirado na citação existente no Livro II da obra filosófica "A República" de Platão, na qual é discutido o tema da Justiça. "O Anel de Giges permite ao seu portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências", disse a PF em nota.
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