Força Nacional do SUS monitora e apoia municÃpios afetados por queimadas
21/09/2024 15h49Fonte Agência Gov
Imagem: ReproduçãoEquipes estiveram em cidades do Acre e Amazonas para avaliar a situação e auxiliar gestores estaduais e municipais.
O Governo Federal tem prestado apoio a estados e municípios afetados pelas queimadas e pela seca. No âmbito do Ministério da Saúde, o principal objetivo é monitorar a capacidade de assistência e elaborar planos de resposta em caso de emergência de saúde pública. Equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) intensificaram o monitoramento das regiões afetadas.
Entre as ações, estão sobrevoos nos municípios de Manaquiri e Careiro, no Amazonas, além de uma visita técnica à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), onde as equipes discutiram medidas emergenciais para abastecimento de insumos. Além do Amazonas, Acre e Rondônia contam com ações da Força Nacional do SUS.
Em reunião com a Defesa Civil, foram abordadas estratégias de monitoramento de riscos e integração dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) no plano estadual de resposta. Na quinta-feira (19), o secretário da Atenção Especializada, Adriano Massuda, e o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, também visitaram Marina do Davi, na praia de Ponta Negra, às margens do Rio Negro, onde avaliaram o nível da seca do curso d’água mais importante da capital amazonense.
Em trabalho de campo no estado, Massuda ressaltou que o Governo Federal está empenhado em mitigar os efeitos da crise humanitária que a estiagem provocou. Entre os principais problemas, está o comprometimento do acesso à água potável, baixa qualidade do ar e risco para a segurança alimentar. No começo da semana, o secretário esteve em Rio Branco, capital do Acre.
COMUNIDADES INDÍGENAS — Em Cruzeiro do Sul, município acreano distante 620 quilômetros de Rio Branco, equipes da FN-SUS realizaram visita técnica para avaliar a situação de comunidades indígenas. A principal preocupação é o impacto da fumaça de queimadas na saúde da população.
Na prática, em parceria com as secretarias Estadual de Saúde do Acre e Municipal de Saúde de Mâncio Lima, os técnicos da FN-SUS analisaram dados epidemiológicos da região e mediram a capacidade de resposta da rede de assistência.
As aldeias da etnia Puyanawa possuem características urbanas, por residirem em município próximo ao Cruzeiro do Sul. No local, residem cerca de 200 famílias, totalizando aproximadamente 800 indígenas.
“As condições de saúde estão satisfatórias, usam água tratada com hipoclorito e não foram identificados casos de necessidade de cestas básicas no momento. Tivemos contato com as equipes de saúde indígena e há equipes assistenciais durante toda a semana. A fumaça densa e baixa vem causando aumento das síndromes gripais em crianças e idosos, além de queimação e vermelhidão nos olhos”, detalhou a enfermeira emergencista Conceição Mendonça, responsável pela ação. “Estamos em ação conjunta com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Juruá para manter as Unidades Básicas de Saúde (UBS) abastecidas com medicamentos específicos e nebulização, além da notificação dos casos de síndromes gripais e diarreia”, concluiu.
Os municípios de Feijó, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima estão em alerta devido ao aumento do número de óbitos em idosos e crianças de até um ano, tendo como causa síndromes respiratórias.
ALTO RIO JURUÁ — Por sua vez, o coordenador da Sala de Situação Climática do Ministério da Saúde, Marco Horta, se reuniu com autoridades do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Juruá para discutir as ações focadas nos territórios indígenas, voltadas à mitigação do efeito das secas, estiagens e queimadas sobre a saúde daquelas populações.
O território indígena do Alto Rio Juruá é composto por oito municípios, abrangendo 15 povos e uma população de 20,6 mil pessoas. “Os polos bases de Marechal Thaumaturgo, Jordão e Feijó foram identificados como aqueles que necessitam de maior atenção devido à dificuldade de acesso às aldeias em função da escassez de água nos rios para navegação e transporte de insumos e pessoas. Esses polos juntos somam 44 aldeias com restrição de acesso”, comentou Horta. A reunião também envolveu uma discussão sobre a logística de abastecimento de água e alimentos, além de medicamentos e vacinas.
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