Magistrados entram na justiça por auxílio-moradia duplo

30/01/2018 09h25


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarMagistrados entram na justiça por auxílio-moradia duplo.(Imagem:Divulgação)

O famigerado auxílio-moradia, um direito reduzido que virou benesse ampla, geral e irrestrita para os figurões mais graduados do serviço público – magistrados, procuradores de Justiça, advogados da União, conselheiros dos Tribunais de Contas, etc – volta às manchetes.

O jornal “Folha de S.Paulo” publicou ontem que o juiz Marcelo Bretas – do Rio de Janeiro - e outros quatro colegas entraram na Justiça para assegurar o recebimento do auxílio. Bretas pleiteou o benefício mesmo sendo casado com uma juíza que já ganha o auxílio-moradia.

A imprensa informa que Marcelo Bretas não é o único magistrado cujo cônjuge já recebe esse penduricalho. Existem mais casos na magistratura e também no Ministério Público.

No entanto, como é o juiz federal responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, seu caso ganha maior repercussão, já que ele atua no combate à corrupção. Além disso, entrou no debate público e político com manifestações nas redes sociais, sobretudo no Twitter.

Artifício

O auxílio-moradia não é auxílio. Na prática, é um complemento salarial. Ou seja, trata-se de um artifício para furar o teto constitucional e compor os chamados supersalários. Foi uma liminar do ministro Luiz Fux, do STF, que estendeu a farra do auxílio-moradia para todo o Judiciário.

Já passa da hora, então, de a presidente do STF, Cármen Lúcia, colocar o tema em votação e o Supremo tomar uma decisão definitiva sobre o caso.

O que não pode é continuar essa situação: a Justiça anda derrubando a casa de todo mundo, como se diz no jargão policial, mão não quer abrir mão do auxílio-moradia.

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