Professor florianense é torturado e morto no Tocantins
09/11/2012 11h34Fonte Com informações do Araguaina notÃcias
O presidente interino do Sindicato dos Professores de Araguaína, Fabriciano Borges Correia, 39 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (08), em sua residência localizada na Rua Santa Inês no Setor Raizal. Segundo a Polícia, o corpo do sindicalista foi encontrado com os pés e as mãos amarrados com fio de energia, além do pescoço.
Conforme a PM, o corpo foi encontrado estrangulado, com um fio amarrado no pescoço, além dos pés e mãos que estavam atados. O material utilizado para o enforcamento foi retirado do ventilador da vítima e de uma extensão elétrica. Quando a polícia chegou ao local, portas da residência estavam abertas e as chaves não foram localizadas.
De acordo com a Polícia Civil, foram encontrados no local latas de cerveja. A televisão e o som estavam ligados. A perícia colheu as impressões digitais no envelope e, conforme o delegado, pode ser requerido o exame grafotécnico.
Fabriciano era professor das redes pública municipal e estadual, diretor de Saúde do Trabalhador do SINTET central, presidente do SINTET Regional de Araguaína, conselheiro municipal da Educação de Araguaína, diretor da UNCME- União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação e conselheiro do FUNDEB.
MOTIVAÇÃO DO CRIME
Fabriciano era homossexual assumido, mas o delegado Fernando Rizéro Jaime praticamente descartou a possibilidade de crime homofóbico e acredita que o ocorrido possa ter ligações com questões sindicalistas e políticas. Aida segundo o delegado, há várias linhas de investigações, mas nenhum suspeito foi localizado.
A Diretoria do Sindicato acredita também que o crime possa ter ligações políticas. O presidente do Sintet teria recebido ameaças de dois prefeitos por ter atuado no processo político que levou à perda da reeleição por tais gestores. A Direção não divulgou nomes, mas disse que já repassou as informações à polícia.
SINDICATO EMITE NOTA
Em nota, o SINTET lamentou a morte do sidicalista e acredita ser mais um crime homofóbico no estado. "Pelas características há indícios de que seja mais um crime homofóbico no Tocantins. Fabriciano era natural de Floriano, Piauí, e militava há mais de dez anos pelos direitos e valorização da Educação e dos Educadores no Tocantins," diz o comunicado do sindicato.
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