Taxa de analfabetismo do Piauà é a segunda pior do paÃs
22/12/2017 08h45
Imagem: Reprodução/IBGE
A taxa de analfabetismo do Piauí é a segunda pior do país, segundo dados divulgados na quinta-feira (21), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, 17,2% da população piauiense, acima de 15 anos, não consegue escrever um bilhete simples, como "Maria vai ao mercado" - e que por isso é considerada analfabeta.
A taxa do país é bem inferior, de 7,2%. A pior taxa brasileira é do Alagoas (19,4%). Em seguida vem o Piauí (17,2%), seguido do Maranhão (16,7%) e a Paraíba (16,3%). Com menor taxa está o Distrito Federal, onde 2,6% da população é considerada analfabeta.
A taxa do Nordeste é também a pior entre as regiões: 14,8%.
No país, a maior taxa compreende a população de pretos ou pardos, com mais de 60 anos de idade: 30,7%. A menor taxa concentra a população branca, de 15 anos ou mais: 4,2%.
A meta do governo federal era chegar a 2016 com uma taxa de analfabetismo de 6,5% no país, mas infelizmente o número não foi cumprido. Em longo prazo, a meta é erradicar o analfabetismo até 2024.
Nível de instrução e anos de estudo
No Brasil, 41,8% da população não completou o ensino fundamental. Destes, 11,2% sequer iniciaram os estudos. Os dados também revelam que a população que completou o ensino médio soma apenas 26,3% do total e apenas 15,3% completaram o ensino superior.
A PNAD também mostra que, em relação ao sexo, os percentuais estão bem próximos. A maior diferença é em relação ao ensino superior: a taxa de mulheres que completam a graduação é 16,9% e a dos homens 13,5%.
Já com relação à cor, os percentuais são bem distantes, principalmente, nos quesitos "sem instrução", no qual a taxa de analfabetismo dos brancos é de 7,3% e dos pretos ou pardos, 14,7 e "superior completo", no qual ocorre o inverso: 22,2% dos brancos completou a graduação e o percentual dos pretos e pardos é de 8,8%.
No Brasil, a população estuda em média 8 anos. No Nordeste, a média é a menor do país: 6,7 anos. A maior média está no Sudeste, onde as pessoas estudam, em média, 8,8 anos.
As mulheres (8,2 anos) estudam mais que os homens (7,8 anos). E os brancos (9%), mais que os pretos ou pardos (7,1%).
No Piauí, a população estuda em média 6,3 anos. O maior tempo de estudo é no Distrito Federal: 10,1 anos; o menor é em Alagoas: 6,1 anos. No Nordeste, a população do Piauí estuda mais tempo que a dos estados do Maranhão (6,2%) e Alagoas (6,1%).
A meta nacional é chegar a 2024 com uma média de 12 anos de estudos.
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