11% dos nascimentos no Piauà são de bebês prematuros; especialistas alertam sobre pré-natal
19/05/2023 08h02Fonte G1 PI
A Secretaria de Saúde no Piauí (Sesapi) informou que 11% dos nascimentos que acontecem no estado são de bebês prematuros. Na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, o índice é ainda maior: 25%.
A prematuridade, que é quando o bebê nasce antes das 37 semanas de gestação, pode resultar em problemas respiratórios, cardíacos, cerebrais, gastrointestinais ou imunológicos. Especialistas alertam sobre a importância do acompanhamento pré-natal.
Raquel Pereira é mãe de Aurora, uma menina que nasceu com 24 semanas e cinco dias, pesando somente 590 gramas. O nascimento dela aconteceu antes do tempo devido a um sangramento e a um rompimento precoce da bolsa amniótica.
“É o meu milagrezinho. Às vezes, eu estou triste. Aí quando eu coloco ela aqui, eu me acalmo”, disse Raquel.
Aos poucos, Aurora está ganhando peso e concluindo o seu desenvolvimento, já fora da barriga da mãe, com a ajuda do método canguru, uma técnica que auxilia no desenvolvimento de bebês prematuros.
“A mãe, no método canguru, adentra a UTI, participa dessa metodologia, ela já coloca o bebê na posição canguru, isso ajuda muito esse bebê no futuro, ele sentir a pele da mamãe, ele ouvir o batimento cardíaco da mamãe, ele se sente, novamente, apegado a essa mãe”, explicou a médica Isabel Almeida.
O obstetra Anatole Borges informou que o pré-natal é indispensável e que uma gestante deve realizar, pelo menos, seis consultas.
“Uma rede de assistência neonatal possa conferir a ele no desenvolvimento e que essa prematuridade não traga problemas a ele. Fora a assistência pré-natal, é importante que essa gestante tenha um acompanhamento multidisciplinar, nutricionista, educador física, terapeuta, enfim, toda uma rede de apoio que vai fazer com que essa possível prematuridade também possa ser combatida”, comentou o especialista.
Após o bebê receber alta hospitalar, ele deve ser acompanhado por uma equipe interdisciplinar, pois é preciso monitorar possíveis sequelas da prematuridade e detectar, de forma precoce, eventuais atrasos no desenvolvimento. É este o momento em que o bebê é inserido em diversas terapias.
“A criança, quando ela chega, ela já entra no bloco de estimulação precoce, ou seja, com fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, e quanto mais antecipadamente essa criança entrar, ela vai conseguir repetidamente fazer as atividades e conseguir fazer com que a criança neuro típica, ou que é aquela criança que nasce de 38 a 48 semanas, conseguiria sem nenhum estímulo”, afirmou a fisioterapeuta infantil Juceline Nóbrega.