20 animais em extrema magreza e calazar são resgatados em abrigo clandestino
23/01/2020 11h56Fonte Cidadeverde.com
Imagem: Divulgação
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) resgatou 23 animais, sendo 20 cães e três gatos, que estavam em um abrigo clandestino que funcionava em uma casa no bairro Três Andares, na zona Sul de Teresina. A maioria dos bichos estava em situação extrema de magreza e todos foram diagnosticados com Leishmaniose. A estudante que abrigava os animais pode ser presa.
A DPMA recebeu a denúncia por meio do Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, em dezembro de 2019. A titular da DPMA, delegda Edenilza Viana, disse que foram flagrados animais doentes, sem água e comida e em um ambiente totalmente insalubre.
"Era um local totalmente insalubre, dava muita pena em ver cada animal com pelos caídos, unhas muito grandes e magros. A investigada já prestou depoimento e disse que era protetora, que pegava animais doentes na rua, levava para casa para cuidar, mas constatamos outra situação. Bichos sem comida, sem água, doentes, operados e um local totalmente sujo, não havia proteção nem para sol ou chuva", disse a delegada. Na casa foi flagrada ainda uma cabra mastite.
A titular da DPMA também apura o recebimento de doações em dinheiro para o abrigo clandestino e alerta para o perigo que moradores e animais no bairro estão correndo pela presença de tantos animais com calazar.
"Todos os animais resgatados estão com Leishmaniose. Fica o alerta para a população daquele bairro para averiguar os sintomas da doença. A zoonoses vai vistoriar a área, pulverizar para combater os vetores. Lembrando que os animais não são vilões, mas o mosquito e a população que não cuida dos bichos", explica a delegada.
Inquérito policial foi instaurado pela DPMA e devido a complexidade do caso, a estudante deve ser indiciada pelo crime de maus-tratos.
Os animais foram resgatados pela zoonoses sob supervisão de veterinários.
Defesa alega que não há maus-tratos
Alexandre Lacerda, advogado da estudante, disse que a defesa entende que não houve crime de maus-tratos.
"Não há maus-tratos, estelionato ou apropriação indébita por parte da cliente. Por mais chocante que sejam as imagens não podem ser analisadas sozinhas, mas comparativamente com a situação em que os animais chegaram. Esse abrigo trata animais em situação deplorável", argumenta o delegado.
Ele disse ainda que o abrigo estava em processo de formalização e que orientou a estudante a melhorar a situação do local.
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