3 adolescentes e um homem são suspeitos de torturar e matar mulher encontrada no rio ParnaÃba
22/09/2022 09h33Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoCorpo encontrado no Rio Parnaíba, em Teresina, é de mulher desaparecida.
A Polícia Civil do Maranhão concluiu que Joycelene Nascimento da Silva, de 32 anos, foi assassinada apenas por morar em um bairro dominado por uma facção criminosa rival daquela que atua na região onde ela estava quando o crime aconteceu. A Polícia Civil do Maranhão destacou que ela não integrava nenhuma facção. Pelo menos 6 pessoas participaram do crime. Ela foi encontrada morta no rio Parnaíba no início de setembro.
Segundo o delegado Otávio Chaves, coordenador da Delegacia de Homicídio de Timon, no Maranhão, Joycelene morava no bairro Pedro Patrício. Na noite em que desapareceu, havia ido com a irmã a uma festa no bairro São Francisco. Facções rivais, segundo o delegado, comandam ações criminosas nesses bairros.
Quando as duas estavam indo embora, Joycelene foi abordada por um grupo de pessoas, que questionaram onde ela morava. Ela respondeu, e partir daí, passou a ser agredida.
"Simplesmente por conta disso, por ela estar no bairro errado, começaram a agredir a garota. Bateram bastante nela, atrás de um campo de futebol, e não satisfeitos, levaram ela para a beira do rio", contou o delegado.
Na margem do Rio Parnaíba, os criminosos continuaram agredindo a vítima, a ponto de atearem fogo no cabelo dela. Joycelene foi então assassinada com pauladas na cabeça, e o corpo jogado no rio. Segundo os exames periciais realizados no corpo, Joycelene sofreu cinco lesões na cabeça.
A vítima ficou três dias desaparecida. Durante esses dias, a família dela recebia vídeos (acima) que mostravam a jovem sendo agredida por várias pessoas. Ela foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros em Teresina, na região do Encontro dos Rios, na Zona Norte, no dia 6 de setembro.
Joyce, como era conhecida, era casada e mãe de cinco filhos.
Adolescentes e adultos suspeitos
Pelo menos seis pessoas participaram do crime em que foi assassinada Joycelene Nascimento da Silva, de 32 anos, encontrada morta no Rio Parnaíba, em Teresina, no dia 6 de setembro. Entre eles, três adolescentes com idades entre 16 a 17 anos e um homem maior de idade teriam agredido a vítima até a morte, segundo a Polícia Civil do Maranhão.
O delegado Otávio Chaves, coordenador da Delegacia de Homicídios de Timon, informou que as pessoas envolvidas foram identificadas e algumas já ouvidas.
Os suspeitos do crime são:
- 1 homem, maior de idade, que teria sido autor dos principais golpes contra a vítima;
- 3 adolescentes com idades de 16 a 17 anos, que também agrediram Joycelene;
- 2 pessoas que estavam na situação, mas não teriam agredido e nem ajudado a vítima.
As três adolescentes foram identificadas e ouvidas na delegacia. Elas teriam confessado que agrediram Joycelene. As demais pessoas também foram ouvidas e, segundo o delegado, devem ter sua participação determinada.
"Tem gente que diz ah, eu não bati, mas estava lá e não fez nada para impedir aquela agressão. Apenas ficou filmando, observando, incentivando, e todo mundo vai responder por seus atos. Nem que seja por omissão, mas vai responder", disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, o crime teria sido cometido porque Joycelene era moradora de um bairro dominado por uma determinada facção criminosa, mas estava em uma festa num bairro dominado pelo grupo rival.
Família recebeu vídeo da vítima sendo agredida
Segundo a Polícia Civil do Piauí, que iniciou as investigações sobre o caso, Joycelene Nascimento da Silva estava com uma irmã em uma casa de shows quando foi agredida e raptada.
O delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do DHPP, disse que no domingo (4), quando desapareceu, Joycelene havia ido com a irmã a uma festa em Timon, no Maranhão.
A irmã de Joycelene disse aos policiais que as duas teriam ido a dois locais diferentes, e no segundo, Joycelene teria encontrado pessoas ainda não identificadas que, ao vê-la, começaram a agredi-la.
"A irmã fugiu, pegou um mototáxi e foi embora. Quando voltou, não encontrou mais ela. Decorrido um tempo, a família começou a receber áudios e vídeo que diziam que ela estava em cativeiro, que estava machucada", disse o delegado Baretta.